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sábado, junho 18, 2016
Remanso: APLB reúne professores e discute a Educação com pré-candidatos a prefeito
Surpreendendo pela presença e participação, em um município sem tradição de discutir políticas públicas com candidatos, o Seminário “Qual Educação queremos para Remanso?” promovido pela APLB Sindicato – Núcleo Remanso reuniu mais de uma centena de professores, autoridades, pessoas da comunidade, candidatos a vereador e alunos da UNIFAN.
Para a Professora Sílvia Castro Silvia, Vice-Diretora da APLB Casa Nova, “o tratamento dado aos professores nas pequenas cidades é humilhante”, lembrando que a maioria trabalha em condições insalubres.
O mesmo tom foi seguido pelos diversos participantes do Seminário, ao falar sobre gestão escolar, merenda, transporte e respeito aos direitos trabalhistas. Uma das exposições mais discutidas foi a questão da atenção à saúde do professor.
A Secretaria de Educação do Município, que não compareceu, mas enviou uma exposição de realizações durante o mandato, defendeu a gestão, reafirmando o compromisso do atual com uma educação inclusiva e participativa. Nenhuma dos professores presentes concordou.
Coube a Paulo Sérgio Nascimento, professor, tesoureiro da APLB de Remanso fazer um diagnóstico preciso da situação da Educação em Remanso. As dificuldades, até do reconhecimento da APLB Sindicato como interlocutor dos professores junto à gestão, o desrespeito à normas de trabalho, o descumprimento do piso e do Plano de Cargos e Salários.
Dos pré candidatos a prefeito convidados compareceram Marcos Palmeira (PC do B) e Tony Ávila (PMDB).
Palmeira, fez um histórico de sua participação na política de Remanso, lembrando sua participação na defesa dos professores nos diversos processos e na implantação da APLB em Remanso. Defendeu, seguindo a política do PC do B, eleições diretas para os gestores escolares, com capacitação de gestão para os eleitos; 50% do valor da merenda para ser adquirido da agricultura familiar, com controle efetivo; transparência nos gastos e fortalecimento dos conselhos. Defendeu a melhoria efetiva das condições de trabalho, com capacitação continuada, reforma e modernização dos equipamentos escolares, transporte e respeito ao Plano de Cargos e Carreira.
Respondeu a inúmeros questionamentos das professoras sobre gestão escolar, forma de capacitação, relacionamento secretaria e sindicato e ao responder sobre o papel da oposição na política de Remanso ressaltou que em todas as vitórias dos professores participou ativamente como advogado.
Tony Ávila, sem participação efetiva na história política de Remanso, defendeu propostas mais genéricas. Bateu na tecla da necessidade de se “ouvir os professores para a implantação de políticas públicas” e a “importância da participação da sociedade”.
Ao falar sobre oposição em Remanso justificou seu papel como repórter. Segundo ele a ausência de denúncias é porque o jornalista precisa contar com “a comunidade ao seu lado”, respaldando o fato.
Ao final, a avaliação feita pelos dirigentes da APLB de Remanso foi extremamente positiva: Foi a primeira iniciativa de se discutir política de educação com candidatos que irão gerir a educação a partir do próximo ano, que a discussão tem de continuar e a elaboração da carta da APLB de Remanso contendo indicativos e propostas para o próximo gestor.
A grande ausência, já motivo de memes nas redes sociais e grupos de whatsapp locais, foi a do ex-prefeito, aliado do atual prefeito e candidato mais uma vez, o veterinário e comerciante José Clementino.
Manoel Leão/ASCOM APLB Núcleo Remanso
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