Polícia Federal investiga esquema de empréstimos fradulentos que gerou prejuízo de R$ 50 milhões à Caixa Econômica no Ceará (Foto: Arquivo Pessoal)
As 13 pessoas presas na Operação Caixa Preta da Polícia Federal, que apura fraudes que geraram prejuízos de R$ 50 milhões à Caixa Econômica Federal do Ceará, foram soltas neste domingo (5). Conforme a PF, os suspeitos prestaram depoimentos no interesse das investigações e foram liberados para aguardar o curso do inquérito em liberdade.
Durante a operação foram cumpridos 38 mandados, sendo 15 de prisão temporária e 23 de busca e apreensão, em Fortaleza e Recife, capital pernambucana. Duas pessoas ainda estão foragidas.
Dentre os suspeitos que foram soltos neste domingo, após passarem quatro dias presos, estavam empregados públicos da Caixa, empresários, contadores e pessoas físicas que figuram como "laranjas" de empresas de fachadas, criadas para obtenção de empréstimos fraudulentos ou destinatários dos recursos.
A Polícia Federal continuará analisando os materiais apreendidos durante a operação para concluir o inquérito. Nesta fase poderão ser intimadas para depor pessoas que receberam algum tipo de benefício com o esquema ilícito. Ao todo, os investigadores federais identificaram 409 empréstimos fraudulentos.
"Nós apuramos, em 2014, 14 empréstimos fraudulentos, nós aprofundamos as investigações, e as fraudes ocorriam em mais de 400 empréstimos, nas agências do Náutico e Francisco Sá [em Fortaleza]", explicou o delegado da Policia Federal Gilson Mapurunga. Segundo o delegado, em um único empréstimo fraudulento, os suspeitos adquiriram quase R$ 5 milhões.
Os 15 mandados de prisão resultaram na prisão de dois gerentes, um deles já havia sido preso na Operação Fidúcia. Segundo a Caixa Econômica, os gerentes já foram demitidos de suas unidades.
"Ficou bastante evidente a participação de gerentes que atuavam no sentido de romper qualquer obstáculo que pudesse impedir esses empréstimos", relata o delegado Welington Santiago.
As investigações apontam que a organização criminosa agia inicialmente aliciando pessoas para integrar o quadro societário de empresas de fachada. Na sequência, o grupo ocupava-se da elaboração da documentação falsa para instruir os pedidos de empréstimo.
Crimes cometidos
O grupo é suspeito de crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, corrupções ativa e passiva, crime financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O nome da operação, Caixa Preta, é referente ao trabalho desenvolvido pela auditoria da Caixa Econômica Federal que, por meio do monitoramento dos contratos de empréstimos, constatou fraudes em diversas operações de créditos relacionadas à mesma organização criminosa.
G1 CE
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