Da “Ponte para o Futuro”, elenco de sugestões retrógradas apresentadas pelo PMDB para reviver o neoliberalismo, caímos na arapuca do governo Temer. Sua equipe econômica, quase completada, vai do Banco de Boston ao Itaú e à Febraban, exprimindo bem urdida e competente trama para a submissão de nossa economia aos postulados elitistas do capital internacional.
Quem primeiro detectou esse assalto foi o senador Roberto Requião, adversário do impeachment sem ter sido adepto de Dilma Rousseff. O desmonte das reformas sociais, a desvinculação do salário mínimo, a retomada das privatizações, a extinção das garantias do trabalho, a prevalência do mercado, a contenção salarial, o estímulo ao desemprego são apenas algumas das propostas já em desenvolvimento. Eles não perdem tempo, chefiados por Henrique Meirelles. A palavra de ordem é entregar tudo ao capital.
O senador pelo Paraná articula uma reação ao entreguismo, espantado-se porque as forças populares continuam sem reagir. O presidente Michel Temer parece resignado às imposições dos detentores do poder econômico. Breve estará entregando a Petrobras e mais o patrimônio publico que sobrar. Cortará benefícios sociais, como já vem fazendo, além de permitir aumentos de toda ordem, desde taxas e tarifas até impostos.
Acredita o ex-governador no sucesso de uma campanha destinada a esclarecer a opinião pública do esbulho a que os mesmos de sempre vem nos impondo. Tempo anda existe para uma contramarcha.
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