Noor Salman, mulher de Omar Mateen, teria dito à polícia que tentou impedir que o marido realizasse o ataque. Mas ela pode ser indiciada como cúmplice e ainda por não ter alertado às autoridades sobre a iminência do ataque - o ataque mais letal do tipo na história recente dos EUA.
Logo depois do atentado, surgiu a informação de que Mateen, o atirador, tinha uma ex-mulher, Sitora Yusifiy, que o acusou de violência doméstica e disse que ele era "psicologicamente instável".
Na terça-feira (14), porém, a mídia passou a divulgar que, após se separar de Yusifiy, Mateen se casou com Salman, com quem teria um filho.
Há relatos ainda de que Mateen teria sido frequentador da boate gay e que teria trocado mensagens com homens por meio de aplicativos de relacionamento online.
Procuradores citados pela Fox News disseram que estavam tentando indiciar Noor Salman como cúmplice dos 49 homicídios e 53 tentativas de homicídio, e por não ter alertado às autoridades sobre o ataque iminente.
Ela alega, porém, que tentou convencer o marido a não realizar o ataque.
Segundo uma fonte da rede de TV Fox, Mateen pode ter ligado para a mulher de dentro da boate durante o tiroteio.
Na terça-feira, a mídia americana divulgou ainda que Noor Salman estava com Omar Mateen quando este comprou munição e que o levara de carro para a Pulse em outra ocasião, porque ele queria investigar o local.
Salman foi interrogada após o ataque, mas não foi presa.
O senador americano Angus King, membro do comitê de inteligência do Senado que recebeu um briefing sobre a investigação, disse à CNN que "aparentemente ela tinham conhecimento sobre o que estava acontecendo".
"Ela é definitivamente, eu diria, uma pessoa de interesse agora, e aparentemente ela está cooperando e pode nos dar informações importantes", ele acrescentou.
O pai de Mateen, Seddique Mateen, disse na terça que Salman havia voltado ao apartamento do casal na segunda-feira para pegar algumas roupas. Ele disse que ela e o filho mais novo do casal ainda estavam na Flórida, mas não disse aonde.
Mateen, de 29 anos, que foi morto pela polícia, havia jurado lealdade ao grupo autodenominado Estado Islâmico EI) durante o ataque, de acordo com autoridades.
Na terça-feira, o presidente Barack Obama disse que Mateen parecia ser um "jovem com raiva, perturbado e instável que se radicalizou".
Ele também atacou a proposta do candidato indicado do Partido Republicano à Presidência, Donald Trump, de proibir a entrada de muçulmanos nos EUA: "Esta não é a América que queremos", disse Obama.
Investigadores disseram que não há provas de que Mateen estaria em contato com grupos de fora, como o EI. Mateen era um cidadão americano, nascido em Nova York e filho de pais afegãos.
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