Armando Monteiro, Pelópidas Silveira e Carlos Garcia são os novos personagens da série, iniciada com Magdalena Arrais
Escrito pelos jornalistas Evaldo Costa e Aquiles Lopes, Pelópidas Silveira, o homem que amou demais uma cidade” conta, em seus oito capítulos distribuídos em 183 páginas, a trajetória de um dos mais importantes líderes políticos do século 20, ex-prefeito por três vezes da cidade do Recife. Nas palavras dos próprios autores, o livro é “resultado de uma tentativa de dar visibilidade à trajetória política de Pelópidas Silveira, tão modelar em tantos aspectos que faria bem ao Brasil se uma parte dos nossos homens públicos a tomassem como paradigma”. Reconhecido por sua capacidade intelectual e pelas gestões inovadoras à frente da Prefeitura – deu grande impulso ao desenvolvimento urbano da cidade –, Pelópidas Silveira tinha, revela o livro, como uma de suas principais características, “a quase completa falta de ambição que move a política. Enquanto uns e outros se engalfinhavam lutando por espaços ou posições, Pelópidas nem sequer reivindicava o direito de candidatar-se a qualquer cargo”, revela o livro.
Organizado pelo jornalista e escritor Mario Hélio, Armando Monteiro Filho, flashes da vida e do tempo tem apresentação assinada por Luciano Siqueira, vice-prefeito do Recife, que destaca a capacidade do biografado de tentar sempre estar a um passo além dos limites que lhe são impostos pelas circunstâncias. “Armando escolheu o caminho mais árduo, em consonância com suas convicções. E fez-se líder, articulador e conselheiro – interlocutor indispensável de todas as correntes políticas abrigadas na frente ampla em que se convertera o MDB”, afirma.
Com 244 páginas, o livro, uma grande reportagem biográfica, traça paralelos históricos, traz com riqueza de detalhes a formação política de Armando Monteiro Filho – militante político desde os anos de universidade e que se tornou uma das mais expressivas vozes contra o regime militar e da redemocratização do Brasil – e apresenta fatos (e fotos) pouco conhecidos do grande público. Entre elas, sua grande paixão pelo futebol, que quase o levou a outros caminhos. Uma paixão acentuada aos 13 anos de idade quando assistiu, em um cinema na Rua Nova, ao jogo Brasil x Itália, pela Copa de 1938, e quase arrebatadora ao assistir pela primeira vez um jogo do Sport Club do Recife do qual foi jogador.
Em Carlos Garcia, um mestre no meio do redemoinho, livro com 166 páginas e também ricamente ilustrado, o jornalista e escritor Homero Fonseca explica, numa linguagem atraente, como Carlos Garcia tornou-se uma referência obrigatória para o jornalismo pernambucano na segunda metade do século 20.
Hoje com 82 anos, Garcia foi testemunha e protagonista, este no centro do furacão da política brasileira, envolveu-se com as novas tecnologias jornalísticas, escrevei livros e ainda teve tempo para formar uma geração de profissionais da pesada na sucursal do Estadão no Recife.
Ascom Cepe
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