Caçula de oito filhos de uma família de ascendência libanesa, Temer é reconhecido por aliados e adversários como um articulador político de bastidores, que domina as engrenagens do Congresso Nacional.
Presidente nacional do PMDB há 15 anos, o jurista se elegeu vice-presidente da República, pela primeira vez, em 2010, ao lado de Dilma. À época, além de comandar o PMDB, ele presidia a Câmara dos Deputados, pela terceira vez em 13 anos. No primeiro mandato de Dilma, Temer manteve uma relação protocolar com a presidente e teve um papel discreto no Executivo.
Quando, por motivos de viagens, substituiu a petista, sempre despachou do próprio gabinete, no anexo do Palácio do Planalto, onde fica a estrutura da vice-presidência. Em 2014, o casamento político de Dilma e Temer foi reeditado e os dois se reelegeram no segundo turno, derrotando o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Aparência gótica e vida pessoal picante
Perfil publicado na versão impressa do jornal britânico “Financial Times”, nesta quarta-feira, descreve o vice-presidente Michel Temer como uma figura de “aparência gótica, expressão impassível e vida pessoal picante”. Além, claro, de ser definido como advogado constitucionalista e ex-professor de Direito.
O documento “Ponte para o futuro”, publicado em 2015 pelo PMDB com uma série de novas proposições para a gestão econômica do governo, é apontado pelo “FT” como o ponto certeiro de distanciamento e posterior ruptura entre Temer e a presidente Dilma Rousseff. Entre os temas presentes no documento estavam a reforma previdenciária e a revisão de direitos trabalhistas.
“Se não tivermos surpresas de última hora, o advogado constitucionalista e especialista dos bastidores políticos vai assumir a tarefa de resgatar a maior economia da América Latina de uma profunda recessão e restaurar a fé pública na classe política que foi devastada pelo escândalo de corrupção na Petrobras”, diz um trecho da reportagem.
A mulher do vice-presidente, Marcela Temer, também é lembrada no perfil: “Casado três vezes, ele começou a namorar a terceira esposa, Marcela, uma ex-modelo 40 anos mais jovem, quando ela ainda era uma adolescente. Sua aparência ligeiramente gótica também levou um rival a rotulá-lo como 'mordomo da casa do terror'”. O rótulo citado na reportagem faz menção ao apelido dado a Temer por Antônio Carlos Magalhães, em 1999.
O “Financial Times” também faz referência ao fato de Michel Temer já ter sido citado na Operação Lava-Jato, apesar de não estar sendo investigado oficialmente.
Extra-RJ
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