Segundo a pesquisa americana, 711.800 mortes anuais por doença cardíaca coronária (DCC) podem ser relacionadas à alta ingestão de carboidratos ou gordura saturada (SAFA) em detrimento do consumo de gorduras poli-insaturados omega-6 (PUFA). Esse dado representa 10,3% da mortalidade total por DCC no mundo, do qual 3,6% é atribuído à ingestão de SAFA ao invés de PUFA. O consumo de gordura trans (TRANS) foi estimado que cause 537.200 mortes por DCC por ano no mundo, sendo responsável por 7,7% das mortes por DCC globais.
O estudo indica que a diminuição da ingestão de SFA promove benefícios cardiovasculares somente quando substituída por PUFA. A pesquisa também sugere que o aumento no consumo de óleos vegetais ricos em ômega-6 podem trazer importantes benefícios na saúde pública. Dados dos anos de 1990 e 2010 de 186 países foram utilizados para esse estudo, que analisou encargos globais, regionais e nacionais de morte por doença cardíaca coronária.
A Prof. Doutora Roberta Lara Cassani do Instituto de Nutrição Profa. Dra. Roberta Cassani explica que a gordura poli-insaturada, como ômega 6, é um tipo de nutriente que o corpo humano não consegue produzir e a única forma de obtê-lo é por meio da alimentação. “Uma alimentação com quantidades adequadas deste nutriente reduz o risco de ataque cardíaco e, quando seu consumo substitui as gorduras saturadas e o excesso de carboidratos, especialmente os de rápida absorção na dieta, a redução do risco é ainda mais significativa. Alimentos que são fontes desse nutriente são peixes gordurosos, óleos vegetais (soja, canola, girassol, de oliva) e derivados, como o creme vegetal”.
Substituir a manteiga pelo creme vegetal, que contém ômega 6, é uma boa maneira para começar uma rotina mais equilibrada. Segundo a Dra. Roberta, criar o hábito de verificar a quantidade e qualidade dos tipos de gordura presentes nos rótulos de alimentos e escolher aqueles com os menores teores de gorduras saturadas e sem gorduras trans, também é importante. “Ao consumir leites e derivados é aconselhável dar preferência aos com baixo teor de gordura, como os leites desnatados ou semidesnatados, iogurtes/bebidas lácteas e queijos com menor quantidade de gordura, como o cottage ou ricota”.
Está comprovado que o estilo de vida do indivíduo interfere na saúde cardiovascular. Sabemos que não é fácil trabalharmos com mudanças de atitudes, entretanto, hábitos simples e possíveis de serem adotados podem fazer toda a diferença, como praticar atividade física regularmente, não fumar, realizar exames de rotina, além de ter uma alimentação equilibrada e variada.
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