Diretora-geral da OMS disse que política abandonou controle de mosquitos. Crise também evidencia falha dos países afetados no planejamento familiar.
A epidemia de Zika na América Latina é resultado do abandono das políticas antimosquitos dos anos 1970, afirmou nesta segunda-feira (23) a diretora-geral da OMS, que também lamentou as lacunas na política de planejamento familiar.
"Em primeiro lugar, a propagação da Zika, o retorno da dengue e a ameaça emergente da chikungunya são o resultado da desastrosa política dos anos 1970 que levou ao abandono do controle de mosquitos", declarou Margaret Chan, no início da assembleia mundial da saúde em Genebra.
A epidemia de Zika revelou a "incapacidade" dos países afetados "de propor um acesso universal aos serviços de planejamento familiar", afirmou, antes de destacar que "América Latina e Caribe tem a maior proporção de gravidez não desejadas em todo o mundo".
Zika, dengue e chikungunya são três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
A epidemia de Zika, vírus transmitido por mosquito ou relações sexuais, foi declarada na América Latina em 2015 e se propagou rapidamente pela região.
O Brasil é o país mais afetado pela epidemia, com 1,5 milhão de pessoas contaminadas e quase 1.300 casos de microcefalia.
France Presse/G1 Bem Estar
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