É fácil querer ficar na Colina. Os vascaínos arrebataram o coração do jogador viajante, desde que foi contratado, em agosto de 2015. No fim do ano, seu espírito desbravador quase o levou para longe novamente, após proposta do Atlético-MG, mas os apelos dos torcedores o ajudaram a manter a âncora no fundo do mar.
Depois de anos sendo idolatrado no Monaco e no PSG, da França, o meia voltou a experimentar o calor humano dos trópicos no clube carioca.
- As duas torcidas são incríveis, no Paris Saint-Germain eu tinha uma carinho enorme, mas igual a aqui, no Vasco, não tem - constatou Nenê. - É uma paixão, um amor incondicional pelo clube.
Até quando isso vai durar, Nenê não sabe e nem tem pressa em saber. O desejo de provar que ainda tinha condição de atuar em alto nível depois de tanto tempo fora do Brasil já foi saciado. Unanimidade entre torcedores e críticos, o meia vislumbra jogar, no mínimo, por mais seis anos. Fominha de bola, cuida do corpo com o mesmo zelo com que preza pela imagem nas redes sociais. A curto prazo, o objetivo é levar o Vasco de novo à Libertadores, algo que não acontece desde 2012:
- A Copa do Brasil é um trunfo, acreditamos muito no nosso time nessa competição, que tem uma importância muito grande para o nosso presidente.
Confira outros trechos da entrevista:
O dia seguinte ao título
Não consegui dormir direito, com a adrenalina muito grande. Deitei cedo na cama, mas fiquei rolando, não conseguia dormir. Mas valu a pena, a satisfação é enorme, conquistar esse título da maneira que foi.
Importância de ser campeão
É praticamente meu primeiro título no meu país. Saí muito cedo, cheguei a ser vice-campeão da Libertadores com o Santos, mas fui embora para a Europa e fiquei 12 anos lá fora. Então esse título traz um sentimento único, dentro da minha casa praticamente, com o carinho que a toricda teve comigo desde o começo.
Vinda para o Vasco
Muitos perguntaram para mim, “o que você está fazendo?”. Ano passado a situação era muita complicada, com muita pressão, mas tomei isso como um desafio. Conversei com a minha família, orei e mostrei que eu ainda estava bem. Muitos duvidavam de como eu estaria, por causa da minha idade, por eu ter passado na Europa e ter ido para o futebol árabe. Era o cenário ideal para eu mostrar que ainda estava bem e que poderia ajudar o Vasco. Infelizmente, não conseguimos escapar do rebaixamento, mas foi um segundo turno impresionante. Tenho certeza de que tomei a decisão certa.
Série B
É praticamente uma obrigação, mas não vai ser fácil, não vai ser nada disso que estão dizendo, que venceremos com um pé nas costas. Enfrentaremos times difíceis, viagens longas, cansativas, cruzaremos o norte e o sul do país. Vamos continuar focados, com a mesma intensidade do trabalho, um ajudando o outro.
Extra-RJ
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