Com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, Câmara solicitou repasse de recursos para obras hídricas na região do Semiárido, como a Adutora do Agreste (Foto: Ed Ferreira/MI)
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, passou o dia em reuniões com representantes do governo interino, em Brasília, para pedir agilidade em projetos de interesse do estado. Câmara quer conceder à iniciativa privada duas rodovias federais que cruzam o território pernambucano – a BR-232 e a BR-101 –, além de buscar a ampliação do Aeroporto dos Guararapes e pedir a liberação de recursos para obras que estão paradas ou seguem em ritmo lento, por falta de repasse federal.
O primeiro a recebê-lo foi o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella. De acordo com a assessoria de Comunicação do governo estadual, a concessão das rodovias, que fazem parte do Programa de Investimentos em Logística (PIL), terá avanço no dia 13 de junho, quando deve ser apresentado o procedimento de manifestação de interesse (PMI), que vai definir como será o modelo de concessão, estabelecendo regras para que a empresa interessada recupere, amplie e explore comercialmente as vias.
No caso do Aeroporto dos Guararapes, para conseguir sua ampliação o governo tenta a cessão, por parte da Aeronáutica, da área onde funciona atualmente a Base Aérea do Recife. Também foi pedida, por Paulo Câmara, a reforma de dois aeródromos do interior de Pernambuco: em Serra Talhada e Araripina.
Ainda com o ministro Maurício Quintella foi tratada a construção de cinco novos terminais do Porto de Suape que, como as rodovias, integram o PIL. São dois terminais de granéis minerais, um de veículos, um de contêineres e um de grãos.
O governador reforçou todos os assuntos em contato com o secretário executivo do Programa de Parcerias do Governo Federal, Moreira Franco, além de falar da paralisação das obras da Ferrovia Transnordestina, que quando pronta deve ter 1.753 quilômetros de extensão, integrando o interior do Nordeste ao litoral, escoando a produção regional para portos como Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará. A construção começou em 2006, durante o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Seca e chuva
Com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, o tema foi a ampliação do repasse de recursos para obras hídricas na região do Semiárido, que sofre seca prolongada e tem crise de abastecimento de água, sobretudo no Agreste pernambucano. Uma das iniciativas citadas foi a Adutora do Agreste, cuja construção está parada desde o ano passado porque os recursos federais foram insuficientes para dar continuidade ao trabalho.
A adutora tem 64% de execução física realizada, mas até agora só conseque abastecer 70 mil habitantes de Arcoverde, de uma previsão de 2 milhões de pessoas beneficiadas. O investimento aproximado é de R$ 2,5 bilhões.
A assistência à população afetada pela forte chuva que caiu na região metropolitana do Recife, na segunda-feira (30), também foi tratada. De acordo com a assessoria de Comunicação do Ministério da Integração Nacional, o ministro disse que disponibilizaria apoio federal com equipes da Defesa Civil nacional, em caso de necessidade.
Agência Brasil
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