Por meio da rede social Facebook, na manhã desta quinta (12), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, divulgou nota oficial sobre o desfecho da votação da admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff pelo Senado Federal. O governador afirma que a medida é traumática e o momento exige apaziguação de ânimos.
Câmara destaca ainda que o PSB não vai apresentar nem chancelar nomes para o Ministério de Temer. Leia nota oficial abaixo, na íntegra.
A admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff pelo plenário do Senado Federal seguiu as normas constitucionais e o rito estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal. Em que pese essa ser uma medida extremamente traumática.
Como afirmei anteriormente, não é algo singelo e confortável o fato de num período de apenas 24 anos tenha existido a necessidade de afastar dois presidentes da República.
Precisamos agora apaziguar os ânimos, pois a radicalização política assumiu proporções preocupantes. A pacificação nacional e o diálogo insistente e permanente devem guiar as decisões do presidente Michel Temer. Não é de hoje que prego esse caminho, por acreditar que o desarmamento dos espíritos é fundamental para superar a maior crise econômica desde o início da década de 1930.
Precisamos recuperar a confiança na economia do Brasil, retomar os investimentos, enfrentar aquela que é a maior chaga da atual crise: o desemprego de milhões de brasileiras e brasileiros. Estou à disposição do presidente Temer para ajudar no que for necessário na construção desse entendimento, da mesma forma que me coloquei para a presidente Dilma Rousseff. Sem diálogo amplo, não haverá solução fácil para os desafios existentes.
O meu partido, PSB, em decisão tomada pela maioria da Executiva Nacional, decidiu não indicar e nem chancelar nomes para o novo Ministério. No entanto, o PSB ajudará em todas aqueles propostas que estão sintonizadas com a agenda do partido para o Brasil, tornadas públicas por ocasião das eleições presidenciais de 2014, primeiro pelo saudoso Eduardo Campos e, posteriormente, por Marina Silva. O PSB nunca vai desistir do Brasil.
Redação do Blog de Assis Ramalho
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