O empresário pernambucano Humberto do Amaral Carrilho, que teve prisão temporária decretada pelo juiz Federal Sérgio Moro na 29ª fase da Operação Lava Jato, e estava foragido, se entregou à Polícia Federal (PF). A informação foi registrada no sistema da Justiça Federal do Paraná. Carrilho é sócio-fundador da Dislub, empresa de armazenamento e distribuição de combustíveis.
Segundo informou a PF à Justiça, Carrilho se entregou espontaneamente na tarde desta quinta-feira (26), em Curitiba. Ele prestou depoimento e ficará preso na Superintendência da PF na capital paranaense.
Ele foi citado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em delação premiada como tendo pago propina para garantir contratos com a Petrobras. Na delação, Costa afirma que Carrilho teria procurado ele entre 2008 e 2009 para tratar do projeto de construção do Terminal de Derivados no Rio Amazonas, em Itacotiara (AM). O projeto foi aceito e a Dislub foi contratada sem licitação pela Petrobras. Costa diz que recebeu valores de Carrilho por esse negócio e pagos mediante contratos simulados feitos com sua empresa de consultoria, a Costa Global. O empresário fez contratos por meio das empresas Distribuidora Equador, Equador Log e Dislub Equador. O intermediador foi João Claudio Genu.
Carrilho foi já ouvido pela PF de Pernambuco em outra ocasião. De acordo com superintendente da PF-PE, Marcello Diniz Cordeiro, o apartamento do empresário em Apipucos foi encontrado em reforma, portanto não houve apreensão de nenhum material para investigação. O mandado de prisão foi recebido pelos filhos do empresário. “Se não houver apresentação espontânea, quando ele desembarcar no Brasil, poderá ser preso imediatamente, explicou o chefe de comunicação da PF em Pernambuco, Giovani Santoro.
No dia em que a ação foi deflagrada, a defesa do empresário informou aos delegados que ele estava na Europa e já havia providenciado retorno ao Brasil para se entregar à PF.
A 29ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada na última segunda-feira (23). Na Operação, a PF prendeu o ex-tesoureiro informal do PP João Cláudio Genu, absolvido na Ação Penal 470, o processo do mensalão, e o sócio dele, Lucas Amorim Alves.
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