Para Miguel, a prefeitura de Petrolina está negligenciando a preservação da saúde da população ao não assegurar o tratamento da carne em condições de higiene ideais. (Foto: Roberto Soares/Alepe)
Os riscos à saúde pública dos moradores do Sertão do São Francisco por conta da desativação do matadouro público gerido pela Prefeitura de Petrolina foi tema de debate acalorado na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (04). O problema foi levantado pelo deputado estadual Miguel Coelho (PSB) e condenado também por outros parlamentares que consideraram irresponsável o processo de fechamento do abatedouro sem oferecer uma estrutura alternativa.
Para Miguel, a prefeitura de Petrolina está negligenciando a preservação da saúde da população ao não assegurar o tratamento da carne em condições de higiene ideais. “Petrolina nunca passou por uma questão de saúde pública tão séria como essa. O próprio produtor é quem está fazendo o abate sem as devidas condições. Se o matadouro de antes não era o mais adequado, então vamos ver uma nova área. Mas não vamos fechar sem dar uma solução para a cidade. A Prefeitura não pode cruzar os braços e dizer que não tem nada a ver”, criticou o socialista.
O fechamento do Matadouro foi criticado ainda pelos deputados Odacy Amorim (PT), Lucas Ramos (PSB) e Romário Dias (PSD). “Não se pode fechar uma unidade de abate sem construir outra. O abate está sendo clandestino. Era para ter sido feito um termo de ajustamento de conduta para que só se fechasse o matadouro com outro funcionando”, reforçou o petista. “Até dois anos atrás Pernambuco estava enquadrado como zona amarela em relação à febre aftosa. Só ano passado Pernambuco passou para a zona verde livre de aftosa. Mas a qualquer momento, pode haver uma infestação e o nosso gado pode voltar a ter esse problema”, alertou Lucas Ramos.
Romário Dias foi ainda mais duro em relação à decisão da Prefeitura fechar o matadouro. “Eu fico sem entender como um prefeito fica oito anos e agora, às vésperas de entregar, faz isso. Petrolina é uma cidade linda, mas lamentavelmente o atrativo da cidade vai se perder se continuar com essa irresponsabilidade porque muito da carne vendida é clandestina. Você não sabe se a carne é de jumento, de cavalo, se o boi tem aftosa. Tudo isso envergonha Pernambuco”, reclamou o deputado do PSD.
O matadouro público foi desativado pela Prefeitura de Petrolina desde o início de fevereiro. Até o momento, a gestão municipal ainda não definiu um espaço para funcionamento de um novo abatedouro. “Estamos tristes de ver a nossa cidade abandonada. Hoje, Petrolina vive a seguinte política: se não agrada ao prefeito, manda fechar. A consequência a gente vê depois”, resumiu Miguel Coelho.
Assessoria de Imprensa de Miguel Coelho
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