Em meio a incertezas sobre quem ficará na presidência da Câmara, o deputado Giacobo (PR-PR) é quem comanda as sessões da Casa.
Ele assume quando está ausente o presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA), que tem sido hostilizado por outros parlamentares. Líderes começaram a pressionar pela renúncia de Maranhão desde que ele tentou anular o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Alguns partidos, como o DEM, querem novas eleições para a presidência da Câmara. Outros esperam que Giacobo, que é segundo vice-presidente da Casa, assuma os trabalhos.
Segundo o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), foi sugerido a Maranhão que ele fique apenas coordenando as questões burocráticas da Câmara.
Giacobo é conhecido na Câmara por ter sido premiado 12 vezes na loteria em apenas um ano. Na época, ele não era deputado.
A assessoria do parlamentar disse ao Bom Dia Brasil que ele ganhou em bolões que fez com sócios.
Nesta quinta-feira (18), a sessão comandada por ele aprovou duas medidas provisórias, já com André Moura (PSC-SE)como novo líder do governo.
Uma delas foi editada em fevereiro pela presidente afastada Dilma Rousseff e traz ações para combater o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. O texto autoriza o ingresso forçado em imóveis públicos ou privados para combater focos do mosquito.
Outra proposta aprovada foi a MP 706/15, que aumenta de 30 para 210 dias o prazo para distribuidoras de energia assinarem aditivo de contrato com o Ministério de Minas e Energia, para prorrogar a concessão do serviço.
Giacobo foi elogiado ao fim da sessão. “Em nome do bloco, PP, PTB, PCS, parabenizar Vossa Excelência. Depois do impeachment é a primeira vez, primeira sessão, que nós conseguimos deliberar”, declarou o deputado Simão Sessin (PP-RJ).
Perfil
Fernando Lúcio Giacobo nasceu em Pato Branco(PR) em 1970. Em 1988, tornou-se empresário do ramo de móveis e eletrodomésticos e, depois, do ramo automotivo.
Foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2002, pelo PPS, e reeleito em 2006, pelo PL (hoje PR). Nas últimas eleições, em 2014, teve 144 mil votos.
O deputado não responde a nenhum processo no momento. Em 2010, foi absolvido noSupremo Tribunal Federal (STF), em ação sobre crime contra a administração pública. Segundo denúncia, uma empresa de Giacobo foi favorecida na licitação para exploração do terminal rodoviário da cidade de Pato Branco.
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