A CPI das Faculdades Irregulares, instituída na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), aprovou por unanimidade, nesta terça (31), o relatório final das investigações do colegiado. Os detalhes do documento serão apresentados ao público nessa quarta (1º), segundo anunciou, durante a Reunião Plenária de hoje, o presidente da Comissão, deputado Rodrigo Novaes (PSD). A divulgação dos trabalhos do grupo parlamentar ocorrerá por meio de uma coletiva de imprensa na Casa Joaquim Nabuco, às 10h.
Segundo Rodrigo Novaes, a CPI foi instalada em outubro do ano passado, e ouviu 151 pessoas em 21 reuniões. “Estamos surpresos em ver como o Ensino Superior foi desvirtuado por alguns indivíduos. Eles usaram uma brecha na legislação educacional para enganar alunos e ganhar muito dinheiro”, declarou Novaes. O parlamentar ressaltou que o problema vai além do nosso Estado e sugeriu a criação de uma CPI nacional e a continuidade das investigações pelos Ministérios Públicos de Pernambuco e Federal.
Em apartes, os parlamentares Miguel Coelho (PSB), vice-presidente da CPI, e Teresa Leitão (PT), relatora do colegiado, também fizeram suas considerações sobre os trabalhos da Comissão. “O mais impactante foi ver a decepção das pessoas que foram enganadas por esses estelionatários. Pedimos a ajuda da imprensa para apontar para o público quem são os responsáveis por acabar com os sonhos de milhares de pernambucanos”, relatou Coelho. “O que me impressionou foi o nível de deboche que alguns donos de instituições manifestaram na CPI. Essas pessoas fizeram do ensino um mercado do engodo e da sonegação fiscal”, considerou Teresa Leitão.
Já o deputado Professor Lupercio (SD) lamentou o envolvimento da Fundação de Ensino Superior de Olinda (Funeso) nas atividades investigadas pela CPI. “Vejo com muita tristeza a instituição chegar a essa situação, pois foi nela que fiz minha graduação e comecei minha atividade como professor”, registrou.
Alepe
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