Foto: Jarbas Araújo/Alepe
Segundo relatou Medeiros, encontram-se em estudo mudanças para tornar “mais coerente” a oferta de cursos pela entidade. “As graduações em Pedagogia e Psicologia, por exemplo, possuem três cadeiras comuns. Estamos vendo se seria viável um curso de extensão, com essas três disciplinas, com duração de 180 horas”, ilustrou o gestor. Medeiros também afirmou liderar um esforço para “fechar de maneira honrada” a instituição – que possui dívidas milionárias e sofreu sanções da Justiça e do Ministério da Educação por ilegalidades.
Para a relatora da CPI, deputada Teresa Leitão (PT), a iniciativa é na verdade uma “maquiagem” para induzir eventuais alunos a se matricular, com a expectativa de obterem diplomas de graduação no futuro. “Essas ações querem preparar terreno para novas irregularidades. Os danos que a Funeso causou à própria imagem e aos estudantes já foram muito constrangedores, por isso peço que não insistam nisso”, declarou a petista, acrescentando que a CPI estará atenta a movimentos como os relatados pelo diretor acadêmico.
Presidente da Comissão, Rodrigo Novaes (PSD) acompanhou o entendimento da relatora e classificou como “manobra” as atividades descritas por Medeiros. “A Funeso está tendo um fim melancólico. Uma suposta tentativa de fechar com dignidade está sendo frustrada, porque é melhor encerrar as operações como qualquer outra organização que tentar dar nova roupagem a cursos criminosos”, asseverou Novaes.
INSTITUTO SANTANA – Na mesma reunião, os parlamentares ouviram o ex-diretor da Funeso Mário Marques de Santana para esclarecer o funcionamento de instituto que leva seu sobrenome em Olinda, Região Metropolitana do Recife. De acordo com informações encaminhadas à CPI, negadas pelo depoente, a entidade poderia ter sido fundada para sediar cursos de extensão da Funeso no futuro. “Desafio qualquer pessoa a provar essas afirmações. Não tenho mais vínculo com a Funeso e o Instituto Santana se dedica unicamente ao trabalho com idosos. Oferecemos pilates, dança, atendimento psicólógico e passeios turísticos”, descreveu.
Na próxima reunião, marcada para 18 de maio, a Comissão deve fazer um balanço das informações apuradas até o momento para concluir seu relatório final. Serão convidados membros do Ministério Público Federal, do Ministério Público de Pernambuco e do Conselho Estadual de Educação.
Alepe
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