Ontem (19), Vázquez se reuniu com representantes do Comitê Olímpico Rio 2016, integrantes da prefeitura e do governo estadual para buscar uma solução emergencial.
“É necessário que o governo federal, o estadual e o municipal façam investimentos extraordinários no planejamento estratégico da Olimpíada se quisermos ter uma assistência médica de qualidade”, disse o presidente do Cremerj em entrevista nesta manhã na sede do conselho, em Botafogo, zona sul.
Segundo Vázquez, um dos riscos é o desabastecimento dos bancos de sangue da cidade. “É importante que a partir desse evento [reunião de ontem] eles entendam que, se o estoque de sangue no Rio de Janeiro não ficar em nível adequado, por conta de greve do setor administrativo, que outros estados forneçam, que fiquem de prontidão, que o governo federal venha para cá, as Forças Armadas, para garantir esse atendimento”, apontou.
Leitos
De acordo com o vice-presidente da entidade, Nelson Nahon, faltam quase 200 leitos de Centros de Tratamento Intensivos (CTIs) no Rio de Janeiro. “Teríamos condições de ter, na Santa Casa do Rio de Janeiro, 400 leitos de retaguarda para clínica médica que não estão funcionando. Tivemos o fechamento do Hospital Juscelino Kubitschek, em Nilópolis, com quatro andares, maternidade e pronto socorro e emergência”, citou Nahon.
“Temos o fechamento do Hospital Salles Netto, no Rio Comprido, e do Hospital Leonel Brizola em Mesquita. O principal hospital de referência para os Jogos é o Lourenço Jorge, mas não há um polo de neurocirurgia”, criticou.
Segundo Nahon, a integração da rede de leitos municipal, estadual e federal poderá reverter esse déficit.
Preparação
No último dia 17, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que as condições de atendimento em saúde para a Rio 2016 estão garantidas e que turistas e atletas podem vir ao Brasil tranquilos. Barros irá à Assembleia Mundial da Saúde, organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra, para tranquilizar os países que virão ao Rio sobre saúde, em especial sobre o surto do vírus Zika que atinge o país.
Ontem (19), os governos federal, estadual e municipal fizeram uma parceria para garantir assistência à saúde mesmo se houver endemias durante os Jogos. A secretaria de Saúde do Rio vai gerenciar a utilização de 146 ambulâncias cedidas pelo Ministério da Saúde para o transporte de pacientes durante as competições. O governo federal já liberou duas parcelas para o custeio dos veículos e a última está programada para o mês de agosto. O dinheiro pode ser usado, entre outros itens, para a compra de insumos e combustível. Dez das ambulâncias já tinham sido entregues ao governo do estado em 2015.
Agência Brasil
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