Como em várias importantes votações no Congresso, o governo da presidente Dilma Rousseff errou no cálculo de votos favoráveis e sofreu com traições de última hora que facilitaram a abertura do processo de impeachment contra a presidente neste domingo. No PDT, nem ameaças de expulsão de parlamentares funcionaram: dos 19 deputados, seis votaram pelo impeachment e um se absteve.
Também no PR, no PP e no PSD a presidente sofreu com mais abstenções e votos pró-impeachment do que esperava.
Até o ex-ministro da Aviação Civil Mauro Lopes (PMDB), exonerado para ajudar o governo na Câmara, abandonou o barco de Dilma e votou contra a presidente. Não foi o único do PMDB que desembarcou do governo na última hora. Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, e Pedro Paulo, herdeiro político do prefeito do Rio Eduardo Paes, também abandonaram a canoa após promessa recente de fidelidade.
Pelo menos 13 deputados que haviam afirmado votar a favor do governo haviam mudado de lado em menos de 12 horas. A oposição tinha calculado só nove votos recuperados ao longo da madrugada.
Época
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