Os dados fazem parte da pesquisa "Pulso Brasil", que ouviu 1.200 pessoas entre 1º e 8 de abril, em 72 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais. De acordo com o modelo global de análise da Ipsos, o governante precisa de, ao menos, 40% de aprovação para conseguir passar leis e reformas no Congresso.
"Temer conseguiu reverter o desconhecimento em relação ao seu nome em aprovação e desvincular sua imagem da figura pública da presidente Dilma. Seu índice de desaprovação ainda é alto e se manteve praticamente estável. Era 61% em fevereiro e é 62% em abril. Mas a desaprovação em relação a qualquer político é alta entre os brasileiros", afirma Alexandre de Saint-Léon, CEO da Ipsos no Brasil, em nota.
Quem também mostrou evolução no levantamento foi Marina Silva, ex-candidata à presidência e hoje a principal liderança da Rede Sustentabilidade. A taxa de desconhecimento da ex-senadora caiu de 21% para 8%. Além disso, a taxa de aprovação subiu de 27% para 48% em dois meses.
O material coletado também revela os altos índices de rejeição dos principais políticos brasileiros. O ex-presidente Lula lidera a lista, com 68% de reprovação. O petista é seguido por Eduardo Cunha (PMDB) e Renan Calheiros (PMDB) , ambos com 65%. Na sequência, aparecem Michel Temer (62%), e os tucanos Aécio Neves (59%) e Fernando Henrique Cardoso (58%). O deputado federal Tiririca (PR) aparece com o segundo menor índice de reprovação, atrás apenas de Marina Silva, com 42%.
Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de três em cada cinco brasileiros não se lembram em quem votaram para senador ou deputado federal. Entre os jovens de 18 a 24, o número sobe para quatro em cada cinco. O levantamento também aponta que 78% dos entrevistados não confiam nos políticos em geral. A divulgação dos dados não incluiu o nome da presidente Dilma Rousseff.
Correio Braziliense
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