Joel da Harpa (Foto: Roberto Soares/Alepe)
“Quero demonstrar minha insatisfação com esse pacote de medidas apresentado pelo Governo Federal sob justificativa de contenção na crise. Não acredito que, mais uma vez, os cidadãos e os servidores serão os mais sacrificados”, afirmou. Ele anunciou que irá a Brasília nesta terça (5) para participar de um ato contra o PLP 257. “É inconstitucional, pois fere o pacto federativo ao determinar ações que são de competência exclusiva dos Estados, obrigando os entes a publicarem leis determinadas pela União”, avaliou.
O projeto, que estabelece o Plano de Auxílio aos Estados e ao Distrito Federal e outras medidas de estímulo ao reequilíbrio fiscal, determina, ainda, que os interessados na renegociação das dívidas publiquem leis para vedar a concessão ou ampliação de incentivos tributários, limitar o crescimento das despesas correntes e reduzir em 10% as despesas mensais com cargos de livre provimento nos próximos 24 meses. Também prevê que seja suspensa a admissão e contratação de pessoal, exceto para reposição de servidores nas áreas de educação, saúde e segurança.
Joel da Harpa lembrou que, em Pernambuco, os policiais e bombeiros militares já estão sem aumento salarial desde 2014. “Não podemos permitir mais dois anos sem reajuste. É preciso que o Governo do Estado garanta qualidade de vida para esses profissionais”, observou. “O projeto não é obrigatório, cabe a cada Estado avaliar se vai aderir ao pacote ou não”.
O pronunciamento recebeu apoio do deputado Antônio Moraes (PSDB) em aparte. “O partido da presidente, que é ‘dos trabalhadores’ no nome, ainda não teve coragem de fazer as reformas que o País precisa, mas tem sido muito hábil para maltratar funcionários públicos”, declarou.
Alepe
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