Entre as medidas anunciadas, as que podem ser postas em prática mais rapidamente são os treinamentos de reciclagem para quem já atua na segurança do sistema, que tem prazo de oito meses. A aquisição de materiais e equipamentos para esse mesmo fim tem igual período proposto. Já um sistema de monitoramento e um centro de controle devem demandar mais tempo para se tornarem realidade. São necessários, conforme o cronograma, 60 dias para a elaboração do projeto e até um ano para a implantação. A ação também depende de aval do Governo. Outra estratégia projetada para combater a criminalidade é a implantação de uma política específica para a segurança, o que inclui a criação de uma área de inteligência local e da coordenação da segurança empresarial da CBTU, essencial para o desenvolvimento de ações preventivas.
O presidente do Sindmetro, Diogo Morais, mostrou-se positivo diante do compromisso assumido pela empresa, sobretudo pelo fato de a discussão de um plano de segurança ter iniciado há mais de um ano, em dezembro de 2014, após uma greve de três dias dos funcionários em razão dos índices de vandalismo nas estações e nos trens. “O problema é garantir o cumprimento dessas medidas. Se a União não se envolver, a empresa não vai conseguir colocar em prática nenhum item”, afirma o representante, citando a necessidade de quase 800 profissionais de segurança no sistema. Atualmente, há cerca de 470, entre policiais ferroviários e vigilantes terceirizados.
No próximo dia 19, ocorrerá a audiência inicial do processo levado ao TRT6, quando deve ser pedida a inclusão da União no processo de discussão. “Com o cronograma, a empresa está mostrando uma disposição em melhorar a segurança”, destaca o assessor de comunicação da CBTU no Recife, Salvino Gomes.
Luiz Filipe Freire, da Folha de Pernambuco
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