Dos 65, mais de 20 presos dividem a mesma cela que não possui banheiro. Na carceragem, há presos doentes, lixos, ratos, escorpiões, entre outras pragas. Os presos também reclamam da justiça que não realiza audiência para tratar da situação penal deles. Há detentos com mais de um ano na delegacia e de outros estados, que não sabem porque continuam naquele local.
O Sindpol encontrou entulhos, materiais de apreensão, como carros e motos, que acumulam poeiras, lixos e insetos, colocando em risco a saúde dos policiais e da população que moram na proximidade com a delegacia, bem como das pessoas que precisam dos serviços policiais.
O Sindicato também constatou problemas de entupimento de banheiros e da rede de esgoto, infiltrações e mofos nas paredes e no teto, além da falta de alimentação dos detentos e de carência de efetivo. As mobílias estão deterioradas e inapropriadas para ergonomia dos policiais civis.
“Um outro problema é o desvio de função dos policiais civis, pois a custódia de presos é uma competência do sistema prisional. A função constitucional dos policiais civis é a investigação de crimes”, esclarece o diretor Jurídico do Sindpol, José Carlos Fernandes Neto.
Interdição
O Sindpol solicitou a interdição da Delegacia Regional à Procuradoria de Justiça do município e pediu medidas judiciais cabíveis à Comarca da Justiça da cidade.
O Sindicato também protocolou pedido de vistoria ao Corpo de Bombeiro Militar da região, à Vigilância Sanitária e à Prefeitura Municipal. Os sindicalistas informaram, que além da superlotação, não há extintores de incêndio e projeto de saída emergencial, caso ocorra algum sinistro no local.
Em precárias condições e insalubres, o Sindpol também constatou as delegacias de Campo Grande, Campo Alegre, Batalha e Santana do Ipanema. Em Batalha, há nove presos em duas celas. Em Santana do Ipanema, existem 28 presos também em condições precárias e insalubres. O local também carência de efetivo, infiltrações, entupimentos da rede hidráulica da regional.
Os policiais também informaram que as delegacias de Pariconha e Água Branca não possuem viaturas. Um outro problema é a cota reduzida de combustível, que chega a ser humilhando para o profissional de segurança que precisa realizar diligência na região.
Tribuna Hoje-AL
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