sexta-feira, abril 22, 2016

Compesa certifica restaurantes que estão com caixa de gordura em dia

Selo Amigo do Meio Ambiente assegura ao consumidor que estabelecimento respeita a legislação ambiental que obriga a existência da caixa de gordura em restaurantes, bares, hotéis, shoppings, hospitais e outros locais onde há produção de comida em grande quantidade.

Você já deve ter passado pela situação de sentar à mesa de um restaurante e inalar o mau cheiro que exalava logo na entrada. Isso acontece, na maioria das vezes, porque o estabelecimento não possui ou descuida da limpeza da sua caixa de gordura, fazendo com que a sujeira lançada na pia da cozinha extravase nos seus arredores. Agora, o consumidor tem como saber se o local trata esses resíduos de forma apropriada. A Compesa, em parceria com a Odebrecht Ambiental, por meio do Programa Cidade Saneada, desenvolveu o selo Amigo do Meio Ambiente. Com ele, é possível atestar que bares, restaurantes e outros pontos que produzem refeições em larga escala estão realizando manutenções periódicas nas caixas de gordura, o que contribui para manter a rede coletora de esgoto em bom estado. Na Região Metropolitana do Recife (RMR), cerca de mil estabelecimentos estão regularizados e mais de 80 já possuem o selo de certificação.

O selo Amigo do Meio Ambiente é uma forma de assegurar ao consumidor que aquele estabelecimento está respeitando a legislação ambiental que obriga a existência da caixa de gordura em restaurantes, bares, hotéis, shoppings, hospitais e outros locais onde há produção de comida em grande quantidade. “Para que o local receba a certificação, nossas equipes verificam a existência da caixa retentora de gordura, se a mesma foi construída dentro dos padrões técnicos exigidos pela Compesa e se a limpeza está sendo realizada corretamente”, explica o diretor de Operações da Odebrecht Ambiental, Rodrigo Dias. Ele conta que, após a certificação, o estabelecimento continua recebendo visitas, em média a cada 30 dias. Caso cometa alguma infração, corre o risco de perder o selo.

Quando sua manutenção está inadequada ou mesmo quando não foi dimensionada corretamente, a caixa de gordura pode provocar o entupimento da tubulação que vai para a rede coletora de esgoto da rua e mau cheiro no local; transbordamento de sujeira e gordura através da tampa; retorno de esgotos pelo ralo da pia; e extravasamento de esgotos nas ruas. Segundo dados do Programa Cidade Saneada, 70% das solicitações para desobstrução na rede coletora de esgotos na RMR estão relacionadas à ausência ou ao uso inadequado da caixa de gordura. “Daí a importância de haver um trabalho como esse, que é vantajoso para o consumidor, o empreendedor, a Compesa e toda a sociedade”, afirma o diretor de Novos Negócios da Compesa, Ricardo Barretto.

De acordo com Ricardo Barretto, o objetivo principal da ação de fiscalização é conscientizar os proprietários quanto à importância e ao uso correto da caixa de gordura. As ações envolvem ainda orientações sobre a limpeza periódica das caixas, o dimensionamento de acordo com as normas técnicas da ABNT/Compesa e um forte trabalho de educação ambiental. “No ano de 2015, foi possível contabilizar uma redução de 31% nas solicitações de serviços de desobstrução de esgoto em comparação com o início do Programa Cidade Saneada, em 2013. Tal redução beneficia não apenas o meio ambiente, mas também a população e os próprios estabelecimentos”, concluiu o diretor.

Para os empresários e donos de estabelecimentos, a ação tem surtido efeito também para a melhoria da imagem de seus negócios. A gerente do empreendimento Armazéns do Porto, localizado no Bairro do Recife, Manoela Soares, conta que as caixas de retenção do polo gastronômico e comercial foram redimensionadas graças à consultoria prestada pelos técnicos do Cidade Saneada. Desde então, não tiveram mais problemas com extravasamentos e incômodos aos clientes e frequentadores do local. “Aprendemos a fazer a manutenção e, quando precisamos, acionamos a Compesa e a resposta é imediata. Antes, alguns clientes reclamavam de mau cheiro perto dos restaurantes. Hoje, não temos mais esse tipo de problema”, comemorou Manoela.

Caixa de Gordura

A caixa de gordura é um dos componentes do sistema de esgotamento sanitário. Consiste num pequeno tanque que retém a gordura lançada na rede de esgoto, geralmente vinda da cozinha. Na caixa, há dispositivos de retenção que têm a função de impedir a passagem da gordura e do óleo para a rede coletora de esgoto. Ao passar por eles, a gordura sobrenadante do que escorre pelo ralo da pia da cozinha é retida, passando para a rede coletora de esgoto apenas as águas residuais.

A Compesa e a Odebrecht Ambiental recomendam que a limpeza seja realizada uma vez por semana. Durante o processo, a crosta de gordura é retirada e acondicionada em sacos plásticos para posterior destinação à coleta pública de lixo. Quando a gordura não é retida pelas caixas, acaba sendo encaminhada para a rede coletora de esgoto, fixando-se nas paredes das tubulações e diminuindo a área útil para passagem do efluente. Com isso, pode obstruir por completo as tubulações e causar extravasamento nas ruas.

A obrigatoriedade da caixa de gordura e de sua manutenção consta nos Decretos nº 18.251 (21/12/1994) e nº 33.354 (29/04/2009) e na Resolução nº 04 da Agência de Regulação de Pernambuco (ARPE). A responsabilidade da construção e manutenção é do proprietário do estabelecimento. A Compesa fornece o suporte técnico necessário para que os imóveis possam se adequar às exigências dos decretos. A partir da constatação de irregularidade, o proprietário é autuado e possui um prazo de dez dias para apresentar a sua defesa. Após esse período, se as questões não forem resolvidas, a Compesa pode aplicar uma multa no valor correspondente a duas faturas. Se o proprietário insistir na irregularidade, os valores podem ser cobrados em dobro.

Compesa

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