Nos últimos jogos, o Flamengo vinha entrando em campo com bandeira do clube na mão – normalmente com Paulo Victor e Wallace segurando as pontas –, mas "estreou" no clássico esta entrada. Ao longo da última semana, jogadores e um funcionário do clube discutiram, visando ao jogo contra o Vasco, uma ideia para inflamar os rubro-negros na Arena da Amazônia e retribuir o carinho dos torcedores de Manaus. O ritual de entrada de times no futebol americano serviu de inspiração para o grupo do Flamengo. Alguns jogadores do Flamengo são fãs da NFL e muitas vezes nas concentrações se mobilizam para assistir às partidas.
O mastro e a bandeira foram transportados do Rio de Janeiro para Manaus, mas poucas pessoas fora os jogadores sabiam o que aconteceria na entrada da equipe em campo. Nem o departamento de futebol e nem o de marketing foram consultados sobre a atitude ao longo da semana. Assim, muitos integrantes da diretoria do Flamengo ficaram surpresos com o gesto da bandeira no meio de campo. No momento da entrada do time é possível ver funcionários abrindo espaço para os jogadores do Flamengo, com Wallace à frente - enquanto crianças vestindo rubro-negro ficavam paradas. Elas foram informadas de que entrariam em campo depois deste rito, ficando juntas dos jogadores no hino e posando para fotos.
Com ações recentes - caso, por exemplo, do treino aberto para a torcida em Manaus -, o departamento de marketing tenta aproximar os apaixonados dos jogadores do Flamengo. No sábado, a diretoria aproveitou a coletiva de imprensa em que anunciou a logomarca do Pacto pelo Esporte em sua camisa para exaltar ações do marketing no Amazonas, principalmente em relação ao Sócio Torcedor. Segundo o clube, houve quase 40 adesões ao programa em uma hora.
O gesto inusitado rendeu munição aos vascaínos, lembrando, com fotos, que os jogadores deram as mãos e entraram em campo ao lado dos pequenos torcedores. O zagueiro Rodrigo provocou ao final da partida, com 2 a 0 no placar e a vaga na final garantida.
- Cadê os gritinhos? Aqui ninguém marca território não - disse o jogador do Vasco.
Por Gustavo Rotstein e Raphael Zarko
Manaus e Rio de Janeiro
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