Como forma de “denunciar a situação das unidades e dos trabalhadores”, a categoria se reuniu na manhã desta quarta-feira, em frente a um shoppingda capital. O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Estado da Bahia (Sincotelba) informa que a paralisação segue uma pauta nacional, contra a precarização dos Correios, rombo no fundo de pensão, contra a privatização e a favor de qualidade e melhores condições de trabalho e segurança nas agências.
“A situação dos Correios, como a precarização, ocorre em nível nacional. Coisas básicas, por exemplo, como um copo que não temos para tomar água, não temos ventilação e climatização. Prestamos um serviço à população há anos no mercado e agora não vamos aceitar privatização. A empresa diz que não tem dinheiro, mas paga um aluguel, aqui em Salvador, de aproximadamente R$ 900 mil, há mais de 15 anos”, conta o diretor do Sincotelba, Alex Damasceno.
Durante o dia de hoje, Damasceno conta que cerca de 60% dos atendentes das agências dos Correios, na Bahia, estão parados. Quanto aos trabalhadores que fazem serviço de entrega, a média pode chegar a 80%, estima.
“O destino do dinheiro do trabalhador, não sabemos, mas queremos descobrir. Agora, eles querem reparar esse dano financeiro, gerando ônus ao trabalhador. A pauta principal [da paralisação] é a privatização dos correios, a precarização, a falta de condições de trabalho e o desconto de 2% para cobrir um rombo de R$6 milhões no plano de previdência complementar. Queremos tornar isso público, nesse ato de denúncia”, finaliza.
Paralisação injustificada
Apesar da alta adesão informada pelo sindicato, a diretoria regional dos Correios na Bahia informou, em nota, que a paralisação não afeta o atendimento à população, com funcionamento dos serviços de entrega e Banco Postal.
Ainda na nota, a diretoria relatou uma pesquisa feita durante a manhã de hoje, que apontou 96,37% do efetivo nacional trabalhando. Na Bahia, o levantamento aponta 83,72% dos funcionários exercendo as atividades. "Apesar de o movimento ser legítimo, a empresa considera a paralisação de hoje injustificada", diz a nota. Sobre a proposta de privatização, o órgão nega que isso possa ocorrer.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.