O Movimento Sindical Rural em Pernambuco, que formado por 179 Sindicatos dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais (STTRs), pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), é um forte exemplo dessa resistência contra o golpe que vem sendo planejado desde que houve o resultado das Eleições de 2014, por forças da direita conservadora, em articulação com os grandes meios de comunicação e com um conjunto de instituições que deveriam estar a serviço da população, mas que têm atuado em benefício próprio.
Nesses últimos meses, a Fetape tem orientado os seus STTRs filiados a se organizarem, fortalecendo a articulação em seus municípios, junto a Igrejas, Associações e Organizações Não Governamentais, com objetivo de constituir uma grande Frente, para poder atuar, de forma permanente, e sempre em diálogo com as estratégias que já estão sendo desenvolvidas pela Frente Brasil Popular, em Pernambuco, na defesa da Democracia. Segundo o presidente da Federação, Doriel Barros, "é neste momento, em que está sendo aguardada a votação no Senado sobre o início do processo de impeachment, que temos a chance de animar a nossa gente para essa grande mobilização".
Para ele, cada reunião realizada com os trabalhadores e trabalhadoras rurais, cada assembleia do Sindicato, cada contato com as bases do campo é um momento fundamental para refletirmos, juntos/as, o que está em jogo. “São conquistas históricas que estão ameaçadas. É a nossa voz que, mais uma vez, estão querendo calar. Este é um momento importante para que cada dirigente possa fortalecer sua liderança, na luta. Contamos com cada homem e cada mulher do Movimento Sindical Rural nessa grande missão. É para isso que somos Movimento: para lutarmos pela dignidade de nossa gente”, afirma Doriel Barros.
Para o diretor de Política Salarial da Fetape e presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Pernambuco (Fetaepe), Gilvan Antunis, o 1º de Maio será marcado pela resistência e mobilização da classe trabalhadora. “Recentemente tivemos perdas, quando ocorreram mudanças no seguro desemprego e no abono salarial, a partir do ajuste fiscal. E diante desse cenário de risco à democracia, estamos ainda mais preocupados com a garantia das conquistas que tivemos até aqui. Por isso, devemos estar mobilizados e irmos para as ruas pressionar a Câmara Federal e o Senado para que não haja mais retrocessos em relação aos nossos direitos”.
1º de Maio na luta
Todo ano, o Movimento Sindical Rural realiza manifestações pelo 1º de Maio em todas as regiões do estado. O Polo Sindical do Agreste Setentrional, por exemplo, irá promover o 35º Ato Público do Dia do Trabalhador, neste domingo (01), no município de Surubim, com o tema: “Democracia com garantia de direitos”. A organização do evento estima que 5 mil pessoas participarão do Ato, entre lideranças sindicais, trabalhadores/as rurais e urbanos de 16 municípios, além de representações de movimentos sociais e sindicais do campo.
No mesmo dia, o Sindicato dos Trabalhadoras e das Trabalhadoras Rurais de Barreiros, localizado no Polo Sindical da Mata Sul, realiza um Ato Público em protesto ao não pagamento da massa falida da Usina Central Barreiros, fechada em 1997, a 3 mil trabalhadores. A manifestação será em frente à Usina, a partir das 9 horas e a expectativa é que reúna 800 manifestantes.
Dentre os municípios com atividades previstas, estão também os de Vicência, Palmeirina, Venturosa, Itaíba, Iati, Exu, Santa Cruz e Ouricuri.
Ascom Fetape
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