Foto: Erasmo Salomão – Ascom/MTPS
O Programa Mulher Trabalhadora, que discute a igualdade de gênero na sociedade brasileira, feito pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apresenta um conjunto de informações que mostram a inserção das mulheres no mercado de trabalho.
De acordo com o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, o programa tem por objetivo a busca da igualdade dentro do mercado de trabalho. “Esse trabalho trás dados importantes, uma realidade que nos permite analisar, pensar e mudar. Não queremos viver em uma sociedade machista e racista. Dar continuidade a esta luta no mundo do trabalho, nesse objetivo de construirmos e disputar uma sociedade de iguais que é capaz de valorizar as diferenças, capaz de encontrar beleza nas diferenças mas que é capaz de recusar as desigualdades de gênero de raça no nosso país, esse é o nosso desafio”, disse.
Rossetto falou ainda sobre as conquistas femininas e os avanços que tem sido realizados no combate a desigualdade de gêneros. “Estamos com avanços muito importantes em relação a esse tema, a uma diminuição das disparidades salariais e das condições de trabalho das mulheres e homens ao longo dos últimos anos, ela persiste mas existe uma diminuição que expressa a conquista das mulheres trabalhadoras ao longo dos últimos anos. Avançamos mas ainda temos muito que construir”, completou.
Segundo a coordenadora da Coordenação de Igualdade de Gênero e Raça da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais, Luana Simões Pinheiro, quatro em cada dez mulheres não estão no mercado de trabalho hoje, e ressaltou que a diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho ainda é grande. “Houve uma feminilização no mercado hoje, mas a diferença ainda é muito clara. As mulheres entraram com força no mercado na década de 70, mas percebe-se uma estabilidade nessa inserção”, disse.
Para a presidenta da Federação Nacional de Empregadas Domésticas, Creuza Maria Oliveira, a luta pela igualde no trabalho tem que ser permanente. “Nossa luta tem história, história de mulheres guerreiras. Os direitos ainda não estão iguais, mais ainda continuaremos lutando. Nós [empregadas domésticas] temos o direito a carteira assinada no Brasil há 43 anos, mas muitas ainda trabalham de forma irregular”, disse.
Agência Brasil
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