quarta-feira, março 16, 2016

Professores da rede estadual fazem paralisação em Pernambuco


Seguindo uma mobilização nacional, os professores da rede estadual de ensino fazem uma paralisação nesta quarta (16) e quinta-feira (17). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe), 60% das escolas estaduais estão sem funcionar desde terça (15), sendo 50% do interior e 70% da Região Metropolitana do Recife (RMR). Já a Secretaria de Educação disse que os profissionais de 13% das unidades aderiram ao movimento.

A categoria marcou uma passeata em direção à Assembleia de Legislativa de Pernambuco (Alepe), no centro do Recife, para a quinta (17), quando pretendem também fazer uma assembleia para definir as próximas ações. A previsão é que a caminhada comece às 14h.

De acordo com o diretor de Assuntos Jurídicos do Sintepe, José de Barros, os educadores pretendem pressionar o poder público a pagar o reajuste de 11,36% no piso salarial. “Todo ano, em janeiro, o governo federal calcula esse índice, e este ano, muitos estados e municípios não querem cumprir essa determinação prevista na Lei do Piso, incluindo Pernambuco”, disse. Atualmente, o salário inicial de um professor no estado é de R$ 1.917,78 para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.

A mobilização é realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNPE), que, além do pagamento do reajuste, reivindica o fim da terceirização nas escolas e o parcelamento de salários, políticas implementadas em outros estados. Nenhuma dessas medidas foi implantada em Pernambuco.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que todas as escolas são orientadas a funcionar normalmente e que está acompanhando a movimentação nas unidades junto às Gerências Regionais.

Paralisações
Desde o último dia 8, parte dos professores da rede municipal de ensino do Recife também estão sem trabalhar. O Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) reivindica aumento salarial 11,36% para toda a categoria e melhores condições de trabalho. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) considerou a greve ilegal.

G1 PE

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