Foto: Delane Barros/Ascom CBHSF
O auditório do Fórum Antônio Góes, em Neópolis (SE), ficou lotado de estudantes, servidores públicos e secretários municipais na tarde da última quarta-feira (9.03), para acompanhar a consulta pública promovida pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco com vistas à construção do Plano de Recursos Hídricos da bacia do Velho Chico. Foram apresentados os cenários e prognósticos levantados pela empresa Nemus Consultoria, contratada por licitação para o trabalho de atualização do documento, que norteia as ações do Comitê nos próximos dez anos.
O engenheiro Emiliano Santiago, da Nemus Consultoria, explicou detalhadamente todas as etapas que levam ao diagnóstico. “Infelizmente, identificamos uma situação hídrica crítica em praticamente toda a bacia do São Francisco. A exceção é o Alto São Francisco, onde ficam as nascentes do rio. Os recursos hídricos superficiais não serão suficientes para satisfazer as projeções de demanda apresentadas nos vários cenários, com níveis de garantia de abastecimento adequados”, informou.
O secretário do CBHSF, Maciel Oliveira, representou o colegiado, ao lado dos membros Antônio Jackson Borges, Rosa Cecília dos Santos e Jorge Izidro dos Santos. Oliveira lembrou que as consultas públicas representam a transparência das ações do colegiado. “Em todas as nossas ações, procuramos sempre ouvir a população”, resumiu.
Na fase de debates com o público, houve reivindicações quanto ao acompanhamento da cunha salina e a cobrança por uma nova matriz energética para o Velho Chico. Nesse sentido, a secretária de Meio Ambiente de Piaçabuçu, Geilma Feitosa, disse representar a população do município alagoano: “É uma grande preocupação nossa o nível de salinidade porque muitas pessoas já apresentam hipertensão arterial por causa da água”, observou. Outro representante da população lembrou da importância de se definir uma nova matriz energética para o rio, por considerar que a disponibilidade hídrica diminui a cada ano.
Pescador do município de Brejo Grande (SE), José Fausto também relatou sua preocupação com a salinidade. “Está tão alta que impede a plantação de arroz na região”, disse, acrescentando que complementa a renda familiar com a rizicultura. A próxima consulta pública acontece no dia 17 de março, no município baiano de Luiz Eduardo Magalhães. Essa fase de consultas se encerra no dia 22, no município de Pompéu (MG).
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF
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