terça-feira, março 15, 2016

Maioria dos manifestantes da Paulista ganha mais de R$ 4 mil, diz pesquisa


Um levantamento feito pelo instituto Datafolha apontou que, entre os manifestantes que participaram do protesto contra o governo da presidente Dilma Rousseff neste domingo (13/3), na Avenida Paulista, 63% têm uma renda mensal superior a cinco salários mínimos, o equivalente a R$ 4,4 mil. Para a produção da pesquisa, foram ouvidas 2.262 pessoas durante a manifestação na cidade de São Paulo. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Ainda segundo a pesquisa, 77% dos manifestantes disseram possuir curso superior. Em toda a capital paulista, a média de pessoas que concluiu a faculdade é de 28%. A média de idade dos participantes do protesto foi de 45,5 anos, sendo que 40% informaram ter mais de 51 anos. Nos aspectos de gênero e cor, 57% eram homens e 77% se declararam brancos.


O Datafolha afirma que o perfil dos manifestantes deste domingo é semelhante ao de outras manifestações contrárias à presidente ocorridas em São Paulo. O instituto ressalta, no entanto, que o número de participantes cresceu muito: 500 mil pessoas participaram do ato de 13 de março, mais que o dobro do primeiro protesto pelo impeachment de Dilma, realizado há um ano.

Preferências políticas

Entre os presentes no protesto da Paulista, 98% avaliam o governo de Dilma Rousseff como ruim ou péssimo, 79% acreditam que a presidente vai ser afastada do cargo e 96% consideram que o juiz federal Sérgio Moro agiu bem ao expedir um mandado de condução coercitiva contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Se os políticos do Partido dos Trabalhadores (PT) não agradam, a oposição também perdeu força. Neste domingo, 21% dos entrevistados revelaram uma preferência pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Na primeira manifestação contra Dilma, esse número era de 37%. Apesar disso, 60% dos manifestantes acreditam que Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, foi o melhor presidente da história do país.

Uma quase unanimidade do protesto foi o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): 96% dos manifestantes afirmaram ser favoráveis à cassação do deputado, investigado por quebra de decoro no Conselho de Ética da Casa.

Correio Braziliense

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