Foto: João Bita/Alepe
A Assembleia homenageou, nessa quinta-feira (10), os 30 anos do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika), ligado à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A solenidade, também registrou a passagem da Semana de Conscientização Sobre as Doenças Raras, encerrada em 29 de fevereiro. A data foi instituída no calendário de Pernambuco pelo deputado Zé Maurício (PP), autor da homenagem.
O Lika foi fundado em 1986 e atua na pesquisa sobre doenças tropicais no Nordeste. Seu nome homenageia o cientista da Universidade de Keio, no Japão, que idealizou a criação do instituto. Presidindo a reunião, Zé Maurício destacou que a data este ano coincide com o momento em que uma das maiores preocupações do Brasil, o surgimento de novas doenças associadas ao mosquito Aedes aegypti, principalmente em Pernambuco.
“Mesmo com todas as dificuldades que enfrenta, o laboratório Lika se mantém como referência em pesquisa no Estado, atraindo pesquisadores do mundo inteiro, já tendo publicando centenas de trabalhos científicos nas mais relevantes revistas internacionais e recebido inúmeros prêmios nacionais e internacionais”, destacou.
O evento contou com a presença de uma comitiva de pesquisadores e representantes do Governo do Japão. O principal objetivo da visita é estreitar relações com as instituições de pesquisa e de saúde nas pesquisas sobre implicações da infecção pelo zika vírus em bebês.
O presidente do Lika, José Luiz de Lima Filho, recebeu uma placa comemorativa da Assembleia. Ele afirmou que o instituto busca desenvolver trabalhos em benefício não apenas da comunidade local, mas para a humanidade. “Uma prova da confiança em nosso trabalho é que, quando buscamos nossos parceiros para trabalhar sobre o zika, obtivemos respostas de três continentes e, em menos de 48 horas o Japão organizou uma delegação para nos auxiliar”, disse.
Cônsul do Japão, Yasuhiro Mitsui disse estar confiante de que a pesquisa conjunta sobe o zika trará benefício não só para os brasileiros mas para povos da América Latina e do mundo todo. Já o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, ressaltou o papel da universidade pública em gerar o conhecimento através da pesquisa e da formação qualificada.
Doenças raras - Doenças raras, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são aquelas que afetam até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos. Estima-se que existam mais de 8 mil distúrbios raros, sendo 80% deles de origem genética e 75% se manifestando ainda na infância. De acordo com a Aliança de Mães e Famílias Raras de Pernambuco (Amar-PE) o Brasil tem cerca de 13 milhões de pessoas com algum tipo de doença rara. Entre elas, a doença de Fabry, de Gaucher, a neurofibromatose, a esclerose lateral amiotrófica (ELA), a síndrome de Hunter, a osteogênese imperfeita, a hipertensão pulmonar e o angioedema hereditário.
Representando a Amar-PE, Pollyana Dias destacou a importância da Semana de Conscientização Sobre as Doenças Raras para difundir informações sobre o tema. “O poder público ainda não tem consciência de acolher pessoas com doenças raras. É preciso se colocar no lugar do outro e entender suas dificuldades”, expressou.
Alepe
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