Não combaterei a corrupção, não nos termos que me são dados. Não defenderei a democracia, não nos termos que me são dados. Há outros termos, e eles têm dificuldade de vir à luz porque a maioria decidiu-se por replicar acusações de pessoas que no íntimo lamentam não terem conseguido cometer as mesmas ilegalidades que seus adversários cometeram.
Já passou da hora de interrompermos nossa condescendência e reconhecermos que a tempestade engrossa cada vez mais, seja qual for o lado que saia menos ferido dessa disputa criminosa. Os tempos que virão serão ainda mais difíceis; recrudesçamos nossas posições; criemos novas identificações e a mobilização que de fato será útil daqui para frente. Não aceitemos mais o pouco que nos foi dado até agora: pois, no mínimo, merecemos tudo.
Reprodução do Facebook de Raul Ferreira, Doutor em Teoria da Literatura pela UFPE
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