quinta-feira, fevereiro 25, 2016

Superbactéria fecha emergência do IMIP


A emergência obstétrica do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) estaria fechada desde o início desta semana. A medida teria sido tomada após ser detectada a presença de uma superbactéria na UTI neonatal do Instituto. O fechamento da unidade estaria sobrecarregando outros hospitais da rede pública, como o Hospital Agamenon Magalhães, o Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), Hospital das Clínicas, além das maternidades municipais.

Procurada pela reportagem do Diario, a assessoria do IMIP afirmou, em nota, que "a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal encontra-se no momento com internamento restrito em decorrência das atividades de desinfecção do referido serviço, com previsão de retornar ao pleno funcionamento nas próximas 24 horas". Por sua vez, profissionais do Cisam confirmaram que o Imip estaria fechado por conta do "agente infeccioso".

No Agamenom Magalhães (HAM), as grávidas estariam se amontoando na triagem e no corredor do quarto andar do prédio, onde fica o centro obstetrício. "Nesta quinta-feira, há 54 grávidas prontas para dar a luz, sendo preparadas pelas enfermeiras e técnicas para o parto, enquanto a capacidade é para 15 pacientes", disse um funcinário do HAM que não quis se identificar. Segundo ele, o setor de triagem, que funciona no térreo da unidade, também estaria lotado.

De acordo com o funcionário do HAM, por conta da superlotação, até mesmo a sala expurgo, utilizada para armazenar dejetos, estaria sendo utilizada para receber as pacientes. Segundo profissionais da enfermagem do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), há uma sobrecarga maior nos hospitais da rede pública por conta da superbactéria. "São poucos leitos e muita mulher. Nós já trabalhamos com a superlotação. Então quando fecha uma UTI sobrecarrega ainda mais hospitais da rede", relata Benita Spinelli, que trabalha na superintendência de enfermagem do Cisam.

"A enterocolite é o agente que causa a infecção. Nesses casos é preciso fechar a UTI para evitar novos riscos", explica a gerente da enfermagem obstétrica do Cisam, Carla Cristina.

Diário de Pernambuco

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