A falta de medicamentos em hospitais públicos no momento em que assolam epidemias de dengue, chikungunya, zika e influenza vem sendo um desafio diário para gestores municipais do Sertão pernambucano. Foi o que relatou o deputado Rodrigo Novaes (PSD), nesta quarta (17), em discurso no Plenário. Ele fez um apelo à Secretaria Estadual de Saúde para que sejam tomadas providências urgentes. “Essa luta exige a união da sociedade com o poder público”, preconizou.
De acordo com o parlamentar, Petrolândia, Floresta e Tacaratu são algumas das cidades cujas unidades de saúde estão em estado crítico. “São centenas de atendimentos por dia, mais de três vezes a média comum, em condições precárias. Faltam dipirona injetável e soro, e não tem maca para todo mundo”, contou. O secretário estadual de Saúde, Iran Costa Junior, teria prometido enviar carros fumacê ao Interior, com objetivo de exterminar mosquitos Aedes aegypti, transmissores das doenças. “Quanto aos medicamentos, ele expôs a dificuldade em razão da burocracia”, disse Novaes.
Outro assunto que preocupa o deputado diz respeito ao aumento de casos de bebês com microcefalia no Estado. Ele sugeriu a realização de campanhas para conscientizar a população sobre o uso de métodos contraceptivos e a criação de um programa estadual de apoio às famílias com casos da doença. “Essa situação vai persistir por muitos anos, temos pesquisas de vacinas em andamento, mas precisamos de algo emergencial”, defendeu. “Podemos também formar uma grande comissão de deputados para ir à Secretaria de Saúde solicitar as providências necessárias.”
Em aparte, o deputado Zé Maurício (PP) se solidarizou com Novaes. “As doenças estão em todas as regiões. Precisamos continuar falando sobre isso para que não caia no esquecimento”, observou. Médica e presidente da Comissão Especial instalada na Alepe para acompanhar os casos de microcefalia em Pernambuco, a deputada Socorro Pimentel (PSL) mencionou ações anunciadas pelo Estado, como a contratação de 250 médicos e a instalação de novos centros de referência para reabilitação das crianças com a má-formação. “Mas ainda temos a sensação de que é pouco, há muito por fazer”, ressaltou.
Alepe
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