O chefe da Polícia Civil, Antônio Barros, disse ontem que encontrar o assassino de Beatriz é “a prioridade número um” da corporação no momento, e admitiu que a investigação é “complexa”. No momento do crime, havia cerca de duas mil pessoas na quadra da escola, que não dispõe de câmeras de vigilância. “As únicas imagens disponíveis são do cinegrafista que registrava a festa”, comenta o delegado Marceone Ferreira Jacinto, responsável pelas investigações.
De acordo com Marceone, o retrato falado foi feito com a ajuda da própria mãe de Beatriz, Lúcia Mota, e de outras duas testemunhas. O suspeito teria sido visto dentro do banheiro infantil, na noite da festa, lavando o rosto.
Até agora, o delegado ouviu 80 pessoas e solicitou 50 perícias ao Instituto de Criminalística (IC). A arma do crime, uma faca de cozinha, foi achada no local. “Não podemos falar sobre os resultados do exame de impressões digitais para não atrapalhar as investigações”, diz a gerente de Polícia Científica, Sandra Santos.
No último dia 15, o Disque Denúncia aumentou de R$ 5 mil para R$ 10 mil a recompensa por informações confiáveis sobre a identidade do suspeito. Até agora foram 15 ligações relativas ao caso, o que a entidade considera um bom número. “Depois da divulgação do retrato falado, as denúncias via Whatsapp estão aumentando muito”, afirma a assessoria do órgão.
O caso Beatriz pode ganhar novos capítulos em breve. O prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho (PC do B), fez um pedido formal ao Ministério da Justiça (MJ) para que a Polícia Federal (PF) assuma as investigações. Na última sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff esteve na cidade para um evento e se encontrou com os pais da garota. Ela prometeu interceder junto ao MJ para que o caso seja federalizado. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, inclusive, apareceu em fotos com o documento, ao lado do deputado federal baiano Daniel Almeida (PC do B), que também defende a participação da PF no caso. A Polícia Federal de Pernambuco afirmou, por meio de nota, ainda não ter autorização para investigar o crime. O chefe da Polícia Civil de Pernambuco discorda de uma evental federalização do caso Beatriz. “Isso só é possível quando existe conflito ou falta de agilidade nas investigações. Não é o que está acontecendo. A polícia está empenhada e vai descobrir quem matou a garota e por que”, afirma Antônio Barros.
Do JC Online
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