Familiares e amigos realizaram um protesto em frente a Divisão de Homicídios (Foto: Gioras Xerez/G1 Ceará)
Segundo Socorro Portela, Lucivânia Abreu Marques, de 34 anos, mantinha um romance com Deivanir Campelo da Silva, de 27. Para que o relacionamento não fosse descoberto, eles mandaram matar o empresário Antônio Lucieudo e Silva, de 41 anos.
Socorro Portela explica que, na época, a versão foi de que Lucieudo, empresário do ramo de móveis, tinha sido morto durante um assalto. Essa versão foi dada pelo sobrinho que estava com o tio na hora do crime. “O sobrinho e a vítima foram almoçar, neste dia, juntos. No retorno para a loja eles voltaram por um caminho diferente e de pouco acesso. No percurso, foram abordados por um homem em uma motocicleta e esse motociclista chamado de Fernando Nascimento da Silva desceu da moto e foi até o carro, onde estava a vítima e o seu sobrinho que estava dirigindo”, explicou.
A delegada disse que a reação de frieza do sobrinho chamou a atenção da polícia. Segundo ela, ele desceu e fugiu com a chave do carro deixando o tio sozinho com o assassino.
“O sobrinho quando viu a abordagem correu com a chave do carro na mão e a vítima ficou dentro do carro com cinto de segurança. O rapaz contratado para matar o Lucieudo se aproximou e efetuou um tiro na cabeça do Lucieudo”, disse.
A família suspeitou dessa versão e pediu novas investigações por desconfiarem do suposto caso dos dois. Em depoimento para a polícia, Lucivânia Abreu, confessou que tinha um relacionamento próximo com Deivanir Campelo, mas assegurou que não tinha nenhuma participação no crime.
“Após um mês do crime testemunhas falaram para gente da polícia que eles já dormiam juntos. Ela confessou que eles tinham uma relação muito próxima. Ela disse que não participou do crime e admitiu que tinha relação íntima com o sobrinho”.
Ainda sobre as investigações, Socorro Portela, afirmou que um acidente de trânsito envolvendo o assassino do empresário minutos depois do crime ajudou a polícia a desvendar o caso mais rapidamente. “Ele saiu em uma moto. No entanto, há poucos quarteirões do local do crime, o assassino se envolveu em um acidente de trânsito. Ele deixou a moto no local e fugiu”.
O 8º Distrito Policial investigou o acidente o crime e o acidente e após investigações iniciais foi repassado para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa. A partir de então ao saber do acidente e descobrir o histórico da moto chegamos ao assassino.
“O Fernando comprou a motocicleta cinco dias antes do crime na Feira de Parangaba. Ouvimos várias pessoas e inclusive com familiares do Fernando que conversou para a gente participação no crime. De princípio ele quis negar participação, mas confessou o e assumiu que recebeu a moto e o revolver do sobrinho da vítima”.
Socorro Portela disse que o assassino, teria recebido R$ 10 mil reais, e recebido primeiro a moto e o dinheiro de Deivanir que também negou qualquer participação no crime. O motociclista deve se apresentar nesta semana à DHPP.
Patrimônio
Sobre a motivação do assassinato do empresário, Socorro Portela, não soube explicar o motivo. Porém, o patrimônio do empresário poderia ter sido o principal estímulo para que o casal planejasse o crime. "Não é possível provar agora, mas a vítima tinha um bom patrimônio. Talvez isso possa ter estimulado o casal em arquitetar a morte de Lucieudo. Segundo levantamentos preliminares a vítima deixou oito residências no município de Horizonte, um galpão grande em Fortaleza, um caminhão e um automóvel”.
Lucivânia e Deivanir estão presos na Divisão de Homicídios. O motociclista que efetuou os disparos deve se apresentar nesta semana na sede da Divisão.
G1 CE
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