“Sem a participação da população, não conseguiremos atingir o grande objetivo, que é reduzir drasticamente a incidência das doenças transmitidas por esse mosquito”, disse o ministro da Defesa (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
“Os principais criadouros estão dentro das residências. Se as pessoas não dedicarem um tempo, mesmo que pequeno, por dia, para remover das residências os possíveis criadouros, a campanha terá dificuldade de alcançar a eficácia e cumprir seu objetivo. A campanha contra o mosquito exige um grau de mobilização das instituições públicas e da sociedade”, disse o ministro.
Rebelo informou que na segunda-feira (15) deverão ser divulgados os resultados da campanha. Segundo o ministro, 220 mil integrantes das Forças Armadas junto com agentes de saúde visitaram, nesse sábado, cerca de 3 milhões de casas em 353 municípios.
O almirante Ademir Sobrinho, chefe do Estado Maior do conjunto das Forças Armadas, destacou que a meta da ação estaria sendo atingida. “Que a população sinta que ela também tem uma responsabilidade pela saúde da sua família e a do vizinho”.
Segundo o almirante, a população está mobilizada e muitos já sabem como eliminar os focos do mosquito. “Sem a participação da população, não conseguiremos atingir o grande objetivo, que é reduzir drasticamente a incidência das doenças transmitidas por esse mosquito”.
Durante a ação, os militares entregaram panfletos e, junto com os agentes de saúde dos estados, conversaram com a população sobre a importância de não manter criadouros do mosquito em suas casas. Em algumas situações foram aplicados larvicidas em depósitos de água nas residências, como caixas d'água. As cidades foram escolhidas de acordo com os critérios de incidência do mosquito e da presença de apoio militar.
A presidenta Dilma Rousseff, que participou da campanha no Rio de Janeiro, deslocou seus ministros a vários estados para participarem ativamente da mobilização. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, viajou para Salvador, e o chefe da Casa Civil, ministro Jaques Wagner, para São Luís. Nelson Barbosa, da Fazenda, visitou Belo Horizonte e José Eduardo Cardozo, da Justiça, seguiu para Fortaleza.
Próximas ações
Estão agendadas para os próximos dias mais ações de combate ao Aedes aegypti. De 15 a 18 de fevereiro, 55 mil integrantes das Forças Armadas, junto com agentes de saúde em mais de 100 municípios, vão visitar residências para eliminar focos do mosquito e aplicar produtos químicos para inibir sua reprodução.
Do próximo dia 19 a 4 de março, as ações serão nas escolas, em uma parceria entre os ministérios da Defesa e da Educação.
Segundo o ministro Aldo Rebelo, as Forças Armadas estão empregando R$ 136 milhões para todas as etapas da campanha de mobilização.
Banco do Brasil
As ações de vistoria contra o Aedes aegypti feitas pelo Banco do Brasil ontem abrangeram instalações de 1,3 mil Associações Atléticas Banco do Brasil (AABBs) em todo o País. Nos últimos 15 dias, os funcionários do banco também fizeram vistorias em quase 6 mil dependências do Banco do Brasil, tanto interna quanto externamento.
A Fundação Banco do Brasil, está com iniciativas para combater o mosquito com o uso de tecnologias sociais – conjunto de técnicas e metodologias simples, de baixo custo, desenvolvidos em interações com comunidades. Uma delas iniciativas é o Projeto Dengoso, que envolve tecnologia desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Piauí, e que consiste na utilização de peixes para o controle e redução de larvas do mosquito. A eficiência no controle das larvas nos locais povoados e com adaptação dos peixes é 100%.
O presidente do banco, Alexandre Abreu, participou do Dia Nacional de Mobilização contra o Aedes Aegypti no Guarujá (SP).
Emergência internacional
No início do mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência internacional de saúde pública em virtude do aumento de casos de microcefalia associados à contaminação pelo Zika.
Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya, o vírus Zika provoca dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. A grande preocupação, no entanto, é a relação entre o Zika e a ocorrência de microcefalia em bebês.
Agência Brasil
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