domingo, fevereiro 21, 2016

Interpol emite alerta internacional para localizar filho de pernambucana


A Interpol emitiu um alerta internacional para ajudar as autoridades brasileiras a localizar o garoto de 8 anos, filho de uma pernambucana, desaparecido desde o fim do ano passado, após ter sido levado pelo pai, de origem argentina. A Polícia Federal argentina já foi notificada sobre o caso, assim como as regiões de fronteira do Brasil sob fiscalização da Polícia Federal brasileira. Aeroportos internacionais espalhados pelo país também foram avisados e deverão intensificar a observação para o caso de pai e filho ainda estarem no Brasil.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Mariana Cavalcanti, a decisão foi tomada pelo desembargador Bartolomeu Bueno na noite da sexta-feira (19) e determina que qualquer pessoa que se opuser a entregar a criança poderá ser presa.



Até então, apenas a PF estava investigando o caso. Porém, com os indícios de que a criança teria sido levada para fora do país pelo pai, o empresário argentino Carlos Attias, o caso tomou uma dimensão internacional. Com o auxílio da Interpol, cartazes serão divulgados em aeroportos, estações de trem e nas fronteiras do Brasil com os vários países da América do Sul. Além disso, há uma atenção maior das autoridades locais de cada nação para o identificar o perfil do procurado.

O novo mandado de busca e apreensão expedido concede plenos poderes para a Interpol agir, de forma conjunta a Polícia Federal. “Tudo leva a crer que ele [Attias] se evadiu do país. Por isso, determinei que todos os meios necessários sejam utilizados para que a gente possa resgatar essa criança, não só no Brasil. A intenção é que ela retorne ao país, para sua mãe e para a sua família”, explicou Bueno. O desembargador ainda não classifica o sumiço como sequestro parental, mas salientou que está acompanhando de perto as investigações.

No último dia 10, a mãe da criança, a fisioterapeuta Cláudia Boudoux, 39 anos, denunciou à PF o sumiço do filho. Ela acusa o ex-marido de ter levado o caçula do casal. Desesperada, a mãe afirma que não se importa de que maneira o menino será achado e nem se prenderão o ex-marido. Para ela, o objetivo maior atualmente é encontrar o filho. A situação começou no Natal, quando o pai conseguiu na Justiça o direito de levar os dois filhos para passar a data com ele. Dias depois, apenas a filha do casal retornou para a casa da mãe.

“Eu e minha família não ficamos parados. Fico por minha conta investigando, fico indo a lugares, recebendo ligações”, conta Cláudia ao dizer que a ajuda da Interpol é uma esperança no fim do túnel para eles. “Esse momento é de trabalhar, de fazer qualquer coisa. A minha luta é por achar meu filho”, ponderou a mãe do garoto.

A advogada do pai da criança, Kleyne Oliveira, afirma desconhecer o paradeiro de pai e filho. Segundo ela, o argentino alegou, na ocasião, que estaria “protegendo o menino”. A advogada afirma que foram prestadas duas queixas na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) contra a mãe. “Ele [criança] é maltratado pela mãe. O menino já declarou isso diversas vezes, inclusive na frente da própria mãe”, completou.

A mãe negou as acusações de maus tratos e afirmou desconhecer qualquer processo do tipo. "Ele pode até ter prestado queixa, mas nunca me citaram ou chamaram por causa disso", defendeu Cláudia.

G1 PE

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