Brasil, México, Paraguai e El Salvador já registraram a Dengvaxia, nome comercial do imunizante que será utilizado nas Filipinas, mas precisam resolver detalhes burocráticos para a comercialização. No Brasil, o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a vacina saiu no fim de dezembro. Falta agora a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos determinar o preço máximo de venda do produto no país, o que costuma acontecer, em média, três meses após o registro.
Segundo Sheila, o laboratório tem capacidade de produzir 100 milhões de doses por ano e pode fornecer a vacina para o Brasil imediatamente. A expectativa da empresa é que o imunizante comece a ser vendido no país no primeiro semestre de 2016.
A vacina contra a dengue da multinacional é indicada para pessoas entre 9 e 45 anos e protege contra os quatro tipos do vírus da doença. A promessa do fabricante é de 93% de proteção contra casos graves da doença, redução de 80% das internações e eficácia global de 66% contra os quatro tipos de dengue. Segundo o laboratório, o imunizante deve ser aplicado em três doses, com intervalos de seis meses.
A Sanofi também está pesquisando uma vacina contra o vírus Zika e deve começar a recrutar voluntários para testes no ano que vem.
Vacina brasileira
O Instituto Butantan iniciou nessa segunda-feira a fase final de desenvolvimento de uma vacina brasileira contra a dengue, que deverá imunizar em apenas uma dose.
O teste clínico do imunizante nacional deve durar um ano e a expectativa do instituto é que a vacina esteja disponível a partir de 2018.
Em 2015, foram registrados no Brasil mais de 1,6 milhão de casos de dengue e mais de 800 pessoas morreram em decorrência da doença.
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