quarta-feira, fevereiro 10, 2016

China confirma primeiro caso de Zika em homem que esteve na Venezuela


As autoridades sanitárias chinesas confirmaram o primeiro caso de infeção pelo vírus Zika no país, em um homem de 34 anos que esteve na Venezuela e regressou à China em 5 de fevereiro, informou hoje (10) a imprensa oficial.

O infectado está hospitalizado e em quarentena, mas já em recuperação, segundo as autoridades.

O homem, natural da província de Jiangxi, no Sudeste da China, apresentou sintomas como febre, tonturas e dores de cabeça no dia 28 de janeiro, quando ainda estava na Venezuela, e regressou à China em 5 de fevereiro, depois de ter feito escala em Hong Kong.

O risco de difusão do vírus é "extremamente baixo" devido às temperaturas frias nesta época do ano na região, garantem as autoridades de Saúde chinesas.

Transmitido pela picada do mosquitos Aedes aegypti, as autoridades sanitárias suspeitam que o Zika seja a causa de numerosos casos de deformações congênitas em bebês cujas mães foram contaminadas durante a gravidez.

O Brasil é atualmente o país mais atingido no mundo pela epidemia de Zika, com 1,5 milhões de doentes, seguindo-se a Colômbia (22.600 casos).

No dia 1º de fevereiro, a Organização Mundial da Saúde considerou que o recente aumento de casos de microcefalia e de desordens neurológicas em bebês na América Latina constitui emergência de saúde pública de alcance internacional e que há forte suspeita de que o aumento de casos seja causado pelo vírus Zika.

A microcefalia é um distúrbio de desenvolvimento fetal que resulta em um perímetro do crânio infantil abaixo do normal, com consequências no desenvolvimento do bebê.

O vírus Zika também é suspeito de causar a síndrome neurológica de Guillain-Barré, que pode causar paralisia definitiva.

Os sintomas e sinais clínicos da infecção pelo vírus, transmitida (de forma comprovada) aos seres humanos por picada de mosquitos infectados (na América Latina por meio do Aedes aegypti, também vetor de transmissão do vírus do dengue, da febre chikungunya e da febre amarela), são muito parecidos com os da gripe, provocando febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça e musculares.

Geralmente, os sintomas começam a desaparecer quatro ou cinco dias depois. O período normal de incubação varia entre três e 12 dias.

Agência Lusa/Agência Brasil

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