Perseguição começou em Piedade. Foto: Adaíra Sene/DP
O policial teria entrado em luta corporal com um dos bandidos, que atirou três vezes contra ele, mas as balas pinaram (tiros não eclodiram). Outro disparo, no entanto, acertou um dos filhos do perito nas nádegas. A vítima teve uma hemorragia e se encontra em estado grave na UPA de Barra de Jangada. Após a confusão, os suspeitos conseguiram fugir em um Fox, de cor prata, placas PFL-2409. Uma viatura da Polícia Militar que fazia ronda na área viu a ocorrência e iniciou a perseguição aos suspeitos.
Ao chegar na Avenida Boa Viagem, nas proximidades do Parque Dona Lindu, houve troca de tiros entre policiais e bandidos. Foi quando o suspeito Alexandro Belarmino dos Santos, de 31 anos, foi atingido, perdeu o controle do carro e colidiu em outros sete carros, incluindo a viatura da PM. Alexandre morreu no local. O carro bateu em outro Fox, também de cor prata, pertencente a uma psicóloga. “Quando eu olhei pra trás e vi a perseguição e os tiros, parei o carro e saí correndo sentindo praia. Passei no meio das balas, pensei que fosse morrer. Um mendigo abençoado me acodiu. Acho que nasci de novo”, desabafou a mulher que preferiu não se identificar. Os outros veículos envolvidos foram um Onix, um Linea, um Cruze e dois táxis.
Quem presenciou toda a ocorrência não esquece os momentos de pânico. “A única coisa que a gente fez foi se abaixar para tentar salvar a própria vida. A bala estava correndo solta. Poderia acertar qualquer um e acabou pegando no homem que estava jogando aqui na praia”, contou uma comerciante da área que também optou por manter o anonimato.
A polícia conseguiu deter Felipe Estevão da Paz, de 24 anos, com uma arma. Ele foi autuado em flagrante por tentativa de latrocínio e encaminhado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. Alexandro Belarmino tinha três filhos de 20, 15 e 6 anos. A esposa esteve no local do crime, mas preferiu não conversar com a imprensa. Ele também estava armado.
O caso será investigado pelo DHPP. As investigações preliminares foram feitas pelo delegado João Brito Alves. “Somente com as perícias vamos poder determinar a dinâmica dos fatos. Dois marginais tentaram assaltar um policial, mas pelo que analisamos é possível que tenha mais gente envolvida. Eles estavam cometendo assaltos pela região e ainda não sabemos nem se o carro em que o bandido morreu era do policial ou pertencia a outra vítima. Já entramos em contato com os hospitais da região para saber se há mais feridos e vamos fazer a ouvida do policial, do suspeito sobrevivente e dos donos dos carros”, concluiu.
Diário de Pernambuco
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