A medalha cravada com o nome de Agassiz Almeida traz o perfil de um homem público que por sua obra política e literária dignifica a nossa história.
Desde a sua juventude na década de 50, do século passado, eleito vereador por Campina Grande, Agassiz Almeida (foto) abraçou as causas em defesa dos direitos humanos, sobretudo dos oprimidos e injustiçados.
Desafiou o coronelismo na região do cariri paraibano e os latifundiários nas várzeas férteis do Nordeste.
No município de Itabaiana/PB, ele assumiu a luta pela implantação do projeto de reforma agrária de Alagamar, um dos pioneiros do Nordeste, ao lado de Dom Hélder Câmara, Dom José Maria Pires, Vanderley Caixe, Pedro Fazendeiro e Assis Lemos.
Participou da criação das Ligas Camponesas ao lado de Francisco Julião, Miguel Arraes, Gregório Bezerra, João Pedro Texeira e Assiz Lemos.
Com o Golpe Militar de 1964, teve o seu mandato de deputado cassado e a sua prisão na ilha de Fernando de Noronha, mesmo assim manteve a sua luta de resistência as ditaduras no Brasil e no mundo, especialmente contra a do Chile, de Pinochet, destacando-se como um dos principais articuladores pela derrubada desta ditadura.
Eleito deputado federal constituinte, conseguiu aprovar 67 emendas à vigente Constituição Federal, entre as quais a de que a terra tem função social e com isto nega o absolutismo do direito da propriedade.
Com a criação da Medalha dos Direitos Humanos Agassiz Almeida, Itabaiana/PB aponta uma visão política-cultural relevante às atuais e futuras gerações.
Ascom Itabaiana
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