Manifestantes ocupam neste momento o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Brasília. Integrantes do Movimento Social de Luta (MSL) chegaram ao local por volta das 4h de hoje (11) e impedem o acesso de servidores ao edifício por meio do bloqueio da entrada principal.
A estimativa da Polícia Militar (PM) do Distrito Federal (DF) é que cerca de 150 pessoas ocupam os arredores do prédio, mas a corporação não soube informar quantos manifestantes permanecem dentro do prédio. Já o MSL informou que 450 famílias participam da ocupação e que pelo menos 11 andares foram tomados pelo movimento.
De acordo com o diretor-geral do MSL, Hugo Zaidan, a pauta de reivindicações inclui a retomada do fornecimento de cestas básicas nos assentamentos, a vistoria de áreas ocupadas e o cadastramento das famílias. Ainda segundo ele, ocupações similares foram registradas hoje no estado de São Paulo e Mato Grosso.
“A pauta já foi entregue. Vamos esperar agora para ver se a Lúcia Falcão [presidenta do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o Incra] nos atende. Se nos atender, a gente desocupa. Se não, a gente só sai quando ela vier nos atender”, disse. O grupo representa um total de oito acampamentos e 4.500 famílias.
Após se reunir com integrantes do movimento, a diretora administrativa do Incra, Cleide Souza, informou que o órgão aguarda a unificação da pauta e que só depois disso será inciado o processo de negociação. Ela informou que já foi pedida a desocupação imediata do prédio. A Ouvidoria Agrária Nacional acompanha o processo.
“A gente recebe a pauta, analisa os itens. Eles vão ser recebidos pelo chefe de gabinete e pelo vice-presidente, porque a presidenta está de férias”, adiantou.
Agência Brasil
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