Serviços de saúde, públicos e privados, e instituições de ensino podem colaborar na capacitação de profissionais de saúde para tratamento de pacientes afetados pelo vírus zika
O governo estabeleceu oficialmente regras para processos de qualificação de profissionais no plano de resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus zika. A Portaria que trata da criação de Centros Colaboradores para ajudar no enfrentamento aos casos de microcefalia foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (12), destaca o Ministério da Saúde. A medida possibilitará, por exemplo, que uma universidade com experiência em um determinado procedimento possa compartilhar a experiência e qualificar outros profissionais de saúde.
“A potência dessa estratégia é que ela permite mobilizar expertise e capacidade instalada no SUS e nas Universidades, sem custos adicionais, a serviço da capacitação de equipes de saúde da atenção básica, maternidades, hospitais e centros de reabilitação para a atenção à saúde ao casos e complicações do zika”, garante Hêider Pinto, Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério.
Os interessados em atuar como Centros Colaboradores deverão cadastrar-se em um site a ser disponibilizado pelo Ministério da Saúde. A capacitação que será realizada por esses centros é mais uma importante estratégia do Ministério da Saúde para a qualificação dos profissionais do SUS para o enfrentamento do zika.
Os Centros capacitarão médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, agentes comunitários de saúde, agentes de combate às endemias, fisioterapeutas, entre outros profissionais que atuem no cuidado a crianças com microcefalia.
Os profissionais de saúde serão treinados pelos Centros para identificar casos suspeitos, notificá-los e adotar os primeiros cuidados a pacientes com microcefalia, além da capacitação para conhecimentos sobre estimulação precoce. Para os profissionais envolvidos com pré-natal, a qualificação será voltada para a notificação, investigação, diagnóstico e conduta nos casos e situações relacionadas ao vírus zika, dengue e chikungunya.
“A iniciativa tem grande potencial de multiplicação. Assim, profissionais de um serviço que saírem, por exemplo, de uma cidade do interior para receber treinamento em grandes centros poderão, ao retornar, estruturar o serviço, qualificá-lo para o cuidado de pessoas afetadas pelo zika e estabelecer um polo de capacitação no município para atender as cidades vizinhas”, exemplifica o secretário Hêider Pinto.
O Ministério da Saúde vai organizar toda a oferta dos treinamentos e colocá-la disponível para que Secretarias Estaduais de Saúde e os Conselhos de Secretários Municipais de Saúde de cada Estado possam estabelecer a agenda das equipes dos municípios a serem capacitadas. Além disso, cursos que já estejam sendo oferecidos pelas instituições participantes poderão ser integrados ao sistema com a abertura de parte das vagas a profissionais de municípios e Estados interessados.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde
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