Audiência discute transposição do Rio Tocantis para o São Francisco(Foto: Reprodução/TV Grande Rio)
A proposta começou a ser discutida há 20 anos e prevê a transposição do Rio Tocantins para o Rio São Francisco.“Tudo tem seu momento, quem sabe a gente vai implantar o projeto em poucos meses ou anos. Não dá para continuar acreditando que vai chover mais e vamos desassorear o Rio São Francisco ou que seus afluentes vão voltar a encher. Temos que salvar o que já existe na região. Portanto, esse projeto demorou 20 anos na gaveta, vamos conversar com o governo para rapidamente aprovar e vai para o senado e a presidente sanciona”, argumenta Patriota.
Para o engenheiro de pesca do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Vanderlei Pinheiro, as interligações dos rios precisam ser avaliadas, principalmente, a questão dos impactos ambientais. “Eu acho que é uma ideia louvável, mas tem muita coisa em questão que precisa ser estudada. Mas outra questão é prioridade, que temos uma obra aqui que não foi concluída e agora começaríamos uma obra que demandaria 700 km de canais, a evaporação seria muito grande, a quantidade de água que supriria a barragem de sobradinho e o Rio São Francisco seria muito pequena. E teríamos que avaliar como ficaria a questão geológica e dos animais. É preciso avaliar todos esses pontos, é uma obra grande, uma distância enorme e que tem um custo muito elevado”, conclui.
A iniciativa tem recebido muitas críticas, principalmente dos ambientalistas. “Eu sou contrário porque é um bioma totalmente diferente que vai invadir o Rio São Francisco. Essa ideia do deputado não deveria estar em uma audiência pública. O que eles podem fazer é investir na revitalização e preservação do Rio São Francisco”, relata o ambientalista Miro Souza.
O representante do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco, João Guadlinger, disse que é totalmente contra essa proposta. “Esse é um projeto pode trazer sérios problemas e é um projeto muito grande. Em cem anos, o Rio Tocantins pode ter 5 metros cúbicos e a mudança climática deve ser considerada. Temos que economizar a água de irrigação e considerar mudar o sistema de irrigação para economizar e não precisar da água do Rio Tocantins”, argumenta.
G1 Petrolina
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