A entrevista, na íntegra, foi transmitida no programa Acordando com as Notícias desta segunda-feira (13), e será reprisada nesta terça-feira. O programa vai ar pela Web Rádio Petrolândia das 5h30 às 8h30 da manhã, de segunda a sábado, com apresentação e comentários de Assis Ramalho . Acompanhe abaixo a entrevista.
Assis Ramalho; Primeiramente, gostaria de lhe agradecer por mais uma vez receber em sua residência a reportagem do Blog de Assis Ramalho e da Web Rádio Petrolândia. E, claro, gostaria que o senhor falasse sobre os rumores das eleições municipais que se aproximam, isso porque muito se especula que o senhor possa ser um dos candidatos.
Dr. João: Na verdade, Assis, eu é que fico feliz com a sua presença, e gostaria de cumprimentar todos os petrolandenses e o seu meio de comunicação, o Blog e a Web Rádio Petrolândia. A respeito das especulações políticas, é claro que não só aqui, mas as especulações já existem em todos os municípios. Mas, especificamente sobre Petrolândia, também já existem essas especulações e a gente está com o nome nosso dentro desta situação, entre os outros que existem. O nome de um candidato, ele surge dentro da opinião do povo, e todos aqueles que estão dentro de uma legalidade em sua cidade, no seu Estado e no seu país, eles podem submeter o seu nome perante a opinião do povo. Então, o meu nome está colocado, e a gente está aí, fazendo o possível para que tenhamos sucesso. Uma vez que, a gente já tem muito tempo que chegou em Petrolândia, a gente sente que neste momento existe a necessidade premente de uma coisa nova, um nome diferente, um nome que não está aí no meio político, mas que tem uma folha de serviço imensamente prestada ao povo de Petrolândia, da região, através do IBVASF (Hospital e Maternidade do Instituto Beneficente do Vale do São Francisco), que hoje é um marco na saúde do Interior de Pernambuco. Nós somos hoje o hospital que mais presta serviços, que mais faz procedimentos no Interior de Pernambuco, sobretudo na região de Itaparica.
Assis Ramalho: O Sr. surpreendeu muita gente quando, na eleição passada, obteve nas urnas mais de 7 mil votos, tornando-se o candidato a deputado estadual mais bem votado na região, sobretudo no município de Petrolândia. Mas, a gente sabe que eleição para deputado é uma coisa e para prefeito é outra. Hoje, Dr. João se sente preparado para ser um candidato e, posteriormente, prefeito de Petrolândia?
Assis Ramalho: Começou a era (época) das especulações, e o Sr. não tem como fugir delas, assim como os demais candidatos. Por exemplo, especula-se que o Sr. possa fazer uma dobradinha com o Fabiano Marques (Presidente da Câmara de Vereadores e pré-candidato a prefeito). Deixando bem claro que essa é uma das muitas especulações que existem no município. Hoje, o Sr. aceitaria fazer essa dobradinha (com Fabiano), ou o Sr. está decidido a ser o candidato a prefeito de Petrolândia?
Dr. João Lopes: Sim, não com radicalismo da nossa parte, mas em razão de pesquisas. A gente vem acompanhado pesquisas de três em três meses, e o nosso nome é crescente. A cada pesquisa a gente cresce mais na aceitação, e não existe essa condição de chapa fechada, e estamos afirmando que nós estamos trabalhando pra isso. Graças a Deus, nesta eleição (2016) eu estou tendo tempo para refletir, para me preparar, pra vir de forma forte e de forma segura, para que a gente tenha um êxito e que seja uma campanha exitosa. E, sobretudo, porque a gente tem Deus e tem o povo, e com esses dois fatores a gente não teme a nada.
Assis Ramalho: Dr. João sendo candidato, e supostamente eleito. o Sr. já tem um plano de governo em sua cabeça?
Dr. João Lopes: Sim, a gente já tem, porque eu já tive uma experiência administrativa. A gente já construiu isso (um plano de governo) para Carnaubeira (da Penha), quando Carnaubeira foi emancipada (em 1991), quando a gente fez o esboço do plano e do projeto administrativo. E para Petrolândia será de forma especial, porque eu acho que Petrolândia é a cidade rainha não só da microrregião de Itaparica, mas sobretudo do Sertão pernambucano, Se houver um gestor que tenha responsabilidade, que escute o povo, que faça um governo participativo, que ele ponha na cabeça que educação é o básico de qualquer local, de qualquer cidade e de qualquer país, e também pegando a saúde como direito do povo, e usando os recursos necessários na área de infraestrutura, não tem como dar errado, Então, a gente já tem o esboço do projeto (de plano de governo), mas só vamos mostrá-lo na época correta. Agora, a gente acredita que nós podemos dar um resgate a Petrolândia, fora de série, porque a cidade tem uma condição especial. Ele é favorecida por natureza em termos de recursos naturais, porque tem água, tem boas terras e tem um povo muito trabalhador. Então, é um diferencial, o nível econômico, o nível empresarial de Petrolândia é superior às outras cidades vizinhas, e Petrolândia tem que assumir esse papel, não tem que delegar esse papel para outras cidades. Ela tem que assumir esse papel de rainha da região, de cidade polo, e só pode acontecer isso com a mola propulsora que é o governo municipal. Infelizmente nós estamos nessa crise, mas a política é a máquina propulsora para elevar a condição de um povo e de uma região
Dr. João Lopes: Sem dúvidas, porque a gente já tem isso planejado e a gente iria para um embate onde a gente já conhece e já sabemos para onde a gente está querendo ir. Então, não tem nada de difícil, eu acho que na hora em que existir o interesse real de fazer a coisa, tem como fazer e esse é o nosso objetivo. É por isso que eu lhe disse que eu não tenho interesses pessoais, por que, de repente, o cara entra em um negócio desse querendo se realizar financeiramente, mas eu não. Eu gosto da política, faço por amor, assim como faço por amor a medicina. Eu quero ganhar essa eleição pra gente fazer um trabalho diferenciado para o povo, para Petrolândia e ser marcado na história.
Assis Ramalho: O fato do Sr. ser uma pessoa que está sempre em contato como o povo, ter contato diariamente com dezenas de pessoas, isso facilita o Sr. entender o lado da sociedade petrolandense?
Dr. João Lopes: É verdade. Diz (o ditado) que o médico, assim como o padre, são confessores. De repente, eu passo de uma semana sem andar no centro da cidade, mas eu sei de todos os assuntos, porque ali (no consultório) é um confessionário, e eu tenho uma coisa muito boa na minha vida que é o fácil trânsito que eu tenho junto ao povo, sobretudo os mais humildes. Se você ver a forma carinhosa e aberta com que o povo humilde me trata, e é por isso que eu me saí muito bem nas eleições do ano passado.
Assis Ramalho: Por falar em humildade, uma coisa que me chama a atenção é que o Sr.tem vários títulos de cidadão de cidades da região e, ao que me parece, Dr. João ainda não tem esse título aqui em Petrolândia. Ou eu estou enganado e o Sr. Já recebeu esse título?
Dr. João Lopes: Não. Muitas pessoas me fazem essa pergunta e é muito pertinente essa sua colocação. Eu sou um carnaubeirense florestano, porque os meus documentos são florestanos. Eu nasci em Carnaubeira (da Penha), fui prefeito de Floresta, e recebi o título de cidadão das cidades de Tacaratu, Cabrobó e de Lagoa Grande. mas o de Petrolândia eu não recebi. Mas, eu não quero me meter, eu acho que esse é um assunto meio complexo, porque o legislador, ele deveria analisar é quem realmente tinha algo a ver, que realmente merecia, e não por questões de interesse pessoal. porque em Petrolândia, que é uma cidade oxigenada, tem tantas pessoas boas que merecem um título de cidadão e, de repente, não são vistas. Mas, quanto à minha questão pessoal, Assis, eu deixo que o povo analise.
Dr. João Lopes: Claro. Petrolândia é a minha cidade de coração. Eu sou um carnaubeirense de Floresta, mas Petrolândia é minha cidade por opção. É uma cidade que me acolheu de forma fantástica e fiz com que pudesse corresponder. Então, não existe uma pessoa mais feliz do que eu, ainda mais em uma condição dessa. Eu estou em uma cidade que eu optei de coração, que eu escolhi para criar os meus filhos, para viver, e me sinto extremamente feliz com essa opção que eu tive.
Assis Ramalho: Então, para a gente finalizar esta reportagem, bastante importante e esclarecedora, eu gostaria de deixar o espaço para que o Sr., se por acaso quiser falar de assuntos que não foram abordados nesta entrevista, e ao mesmo tempo aproveite e deixe a sua mensagem para o povo de Petrolândia.
Dr. João Lopes: Eu agradeço a você, Assis, e ao povo de Petrolândia. Eu gostaria de dizer que a gente está aí. Eu sou um médico que trabalho uma média de 16 horas por dia. Quase todos os dias eu vou até 12 horas (meia noite), uma hora (da manhã), realizando operações. A minha jornada é extensa demais. Para que você tenha uma ideia, só esse mês (que passou, junho) nós fizemos 240 cirurgias, sendo que 190 fui eu que fiz. E, graças a Deus, só no IBVASF, nós estamos chegando a 10 mil cirurgias, e nós não tivemos nenhum óbito em sala, e isso é uma coisa que qualquer médico sabe que pode acontecer. Mas Deus tem sido muito bom comigo e não tem deixado isso acontecer, e eu fico muito feliz. A gente tem esse trabalho na saúde, mas queremos ampliá-lo, porque o povo merece, e tem como fazer bem mais do que isso. Então, a gente está nesse processo e eu sinto a simpatia e o carinho das pessoas, e eu quero dar mais algo a Petrolândia e ao povo, além de minha condição de cidadão e de médico. Na esfera política, se o povo e Deus me der essa condição, eu quero fazer algo diferente, algo que possa ser um marco na história de Petrolândia, e peço a Deus que me ilumine neste caminho.
Assis Ramalho: Já que o Sr. abriu o jogo à nossa reportagem e disse que será candidato a prefeito, então, se prepare porque vai começar a fase das especulações. A partir de agora, muito vai se ouvir por aí: "Quem será o vice da chapa de Dr. João?" O Sr. já tem esse nome?
Dr. João Lopes: (risos) Na verdade, já existem algumas especulações, alguns nomes, mas o tempo é quem vai determinar isso, sobretudo o povo. Vão ser pesquisas qualitativas, porque quantitativa a gente já faz de três em três meses. Então, vão ser as pesquisas qualitativas que vão nortear a escolha. Mas, o que a gente quer são nomes que venham realmente fazer o diferencial na politica administrativa de Petrolândia, para o povo de Petrolândia. Então, vai surgir nomes, como já surgiram, mas o que é certo é que eu sou candidato. Essa é uma definição do povo, porque a gente sente nas pesquisas, e também é uma decisão familiar.
Dr. João Lopes: Sem dúvidas. Eu acho que Petrolândia precisa, como um todo, de nomes que venham ajudar a realidade política e administrativa do lugar, porque o povo clama por isso. Então, a gente está fazendo (a escolha) de forma discreta, através de convites, conversando bem discretamente com nomes que possam ajudar muito a cidade de Petrolândia. A gente já tem mais de trinta nomes, e essa é uma realidade que a gente quer. A gente quer vir pra coisa, não é para ser mais um. É para fazer o diferencial em beneficio de Petrolândia e do seu povo.
Dr. João Lopes: Assis, eu que lhe agradeço de coração, fico muito agradecido e peço que você repasse tudo isso que foi dito ao povo de Petrolândia, e mesmo diante da crise que vive o país, o Estado, e Petrolândia não poderia ser diferente. Apesar de eu achar que Petrolândia tem recursos e meios diferentes de outras cidade. Tanto é que a cidade avança, independentemente de política. Mas dizer que a política, ela é necessária. Já dizia Aristóteles, na Grécia antiga, que o ser humano era um ser político e social. Não existe vida, não existe sociedade, a não ser através da política. Agora, eu acho que cabe ao povo separar o joio do trigo, porque os bons políticos, eles têm que serem enaltecidos, e os ruins têm que ser jogados fora. Algumas pessoas dizem que todo politico calça 40, mas não é dessa forma. Em toda profissão tem os bons e os ruins, e dentro da política existe o errante, que só quer saber de fazer as coisas voltadas para si, de forma vergonhosa, mas existem os íntegros, que não querem macular sua imagem de homem, independente de qualquer coisa. Então, está no momento do brasileiro, do pernambucano, do petrolandense, fazer essas separações, essas distinções entre os bons e os ruins. E, mais uma vez, muito obrigado a você, Assis. Agradeço, e fico muito feliz em você ter vindo aqui, e a gente poder trocar ideias e levar essa mensagem para o povo.