Para Freitas, o cenário atual está longe de acabar. “O período chuvoso termina em abril e os reservatórios continuam muito baixos. Se medidas não forem tomadas e seguidas de maneiras mais duras, a gente estará em cinco anos discutindo a dessalinização de água e começando a discutir mudanças de atividades econômicas para outras regiões do Brasil. Por enquanto, há uma certa dificuldade do Poder Público de declarar a gravidade do problema”, disse.
Na avaliação de Freitas, a interligação do Sistema Cantareira com a Bacia do Rio Paraíba do Sul, anunciada em janeiro, e a utilização do Aquífero Guarani ainda precisam ser melhor estudados. “É preciso levar em consideração [que o Rio Paraíba do Sul] já abastece 14 milhões de pessoas e o consumo está aumentando. E quanto ao Aquífero Guarani, a gente não tem informações de tempo de recarga, de qualidade da água”, destacou.