Erycles Lindomar e Lucas Luciano, jovens atletas campeões de Petrolândia (Foto: Assis Ramalho)
Esporte como instrumento de humanização. A ideia é universal e há pouco tempo foi rigorosamente adotada por três jovens atletas do Sertão de Pernambuco. Erycles Lindomar, Lucas da Silva e Amilton Kleverson sonham com uma boa estrutura de treino. Sonham, sobretudo, com a profissionalização e com um mundo onde as pessoas não sejam guiadas pelo preconceito de classe, raça e gênero. O trio, que já passou por maus bocados para conseguir treinar, está aproveitando as férias para realizar um camping com a Associação Atlética do Santos Dumont, em Boa Viagem.
“A gente veio aprender e desenvolver a técnica com os treinadores do Recife. Depois queremos levar o que aprendemos para as nossas cidades”, destacou Erycles, de 14 anos. No ano passado, ele conquistou o título brasileiro escolar no salto em distância. Lucas, 17, venceu a mesma prova três anos atrás, em 2012. A dupla, natural de Petrolândia (a 422 km do Recife), admitiu que os triunfos não são compatíveis com a realidade do esporte. Eles não têm estrutura adequada para treino, tampouco há um profissional qualificado para orientá-los nas atividades. Tudo acontece na base do improviso. “Já tivemos que limpar muro e cavar uma caixa de areia para saltar. Também não temos técnico. Felizmente temos o apoio da prefeitura, que está nos ajudando nesta viagem”, revelou Lucas.
A situação de Amilton, 16, é um tanto diferente, mas ainda assim é precária. Natural de Afogados da Ingazeira (a 376 km da capital), o atleta dispõe de uma pista de 250m e um treinador que acompanha as suas atividades. Embora tenha uma estrutura menos ruim, ele perdeu a conta de quantas vezes sofreu preconceito por ter escolhido o atletismo em detrimento do futebol. “Às vezes, eu treinava num campo de futebol, mas os outros meninos me expulsavam quando me viam”, disse.
“A gente veio aprender e desenvolver a técnica com os treinadores do Recife. Depois queremos levar o que aprendemos para as nossas cidades”, destacou Erycles, de 14 anos. No ano passado, ele conquistou o título brasileiro escolar no salto em distância. Lucas, 17, venceu a mesma prova três anos atrás, em 2012. A dupla, natural de Petrolândia (a 422 km do Recife), admitiu que os triunfos não são compatíveis com a realidade do esporte. Eles não têm estrutura adequada para treino, tampouco há um profissional qualificado para orientá-los nas atividades. Tudo acontece na base do improviso. “Já tivemos que limpar muro e cavar uma caixa de areia para saltar. Também não temos técnico. Felizmente temos o apoio da prefeitura, que está nos ajudando nesta viagem”, revelou Lucas.
A situação de Amilton, 16, é um tanto diferente, mas ainda assim é precária. Natural de Afogados da Ingazeira (a 376 km da capital), o atleta dispõe de uma pista de 250m e um treinador que acompanha as suas atividades. Embora tenha uma estrutura menos ruim, ele perdeu a conta de quantas vezes sofreu preconceito por ter escolhido o atletismo em detrimento do futebol. “Às vezes, eu treinava num campo de futebol, mas os outros meninos me expulsavam quando me viam”, disse.