Instituição internacional e o governo do Estado prestam assistência técnica e financeira no cultivo e pesca da tilápia; elas coletam até 17 toneladas de peixe por mês e ganham dois salários mínimos (Foto: Banco Mundial)
O Banco Mundial apoia um programa prorural que está gerando trabalho e renda para mulheres em Pernambuco.
Em Jatobá, no sertão do Estado, a tilápia é mais do que um alimento: é uma fonte de emprego, renda e independência para um grupo de 12 mulheres.
Empregadas Domésticas
A cada mês, elas coletam entre 15 e 17 toneladas de peixe, o que rende mais ou menos dois salários mínimos para cada uma. Quase todas trabalhavam como empregadas domésticas. Atualmente, ganham mais do que os maridos.
Até chegar a esse ponto, elas enfrentaram o machismo e a falta de infraestrutura da comunidade e outros obstáculos, como conta a presidente da associação de São Sebastião do Sítio Umburanas, Assu, Alexsandra Gerônimo.
"Sempre tem dificuldades. Rejeição da comunidade, por ser um grupo só de mulheres, por exemplo. E também outras, como a falta de sinal de internet, e por isso não conseguíamos fazer nota fiscal eletrônica. Outra grande dificuldade eram as estradas, o acesso."
Elas venceram todas essas resistências aos poucos. As estradas da região já são de melhor qualidade e há wi-fi na própria associação. Além disso, por meio do Prorural, elas conseguiram adquirir um barco de fibra, 30 tanques-rede, uma passarela, peixes juvenis e ração. Os insumos permitirão aumentar a produção, as vendas, e as margens de lucro.
Piscicultoras
As piscicultoras, com idades entre 24 e 51 anos, se uniram há três anos com o apoio da Diocese de Jatobá.
Hoje, estão organizadas de tal forma que a associação delas já recebe apoio técnico e financeiro de outras instituições, como o Banco Mundial e o governo de Pernambuco. Ambos são parceiros no programa Prorural, que beneficia cerca de 4000 famílias no estado.
Alexsandra comemora o resultado: "Eu fico emocionada porque me trouxe realizações em casa, uma boa estabilidade financeira."
Com a nova fonte de renda, as piscicultoras também conquistaram o respeito de toda a comunidade.
Por Mariana Ceratti, do Banco Mundial, em Brasília, para a Rádio ONU.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.