Ontem, ao participar de uma agenda do lançamento do programa estadual Ganhe o Mundo, que leva estudantes de escolas públicas a estudarem outro idioma no exterior, o governador Paulo Câmara afastou a questão política do foco e concentrou seu discurso em torno da saúde. “A pauta é microcefalia. Ela (Dilma) me pediu para eu fazer uma apresentação, já que Pernambuco iniciou esse processo. Foi o primeiro estado a identificar, notificar e alertar o ministério dessa possível correspondência da microcefalia nos recém-nascidos. No meu entender, é uma questão grave”, comentou, após a solenidade no Palácio do Campo das Princesas. O socialista, no entanto, voltou a se posicionar publicamente contra o impeachment.
“No meu entendimento, não há elementos hoje que justifiquem o impedimento, que é uma situação tão grave, que justifique o afastamento da presidente da República”, disse o governador, que também tem uma audiência com o ministro do Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, hoje, em Brasília. Paulo Câmara, porém, fez questão de ressaltar que essa não é a posição de seu partido, que ainda deve se manifestar oficialmente sobre a questão pela Executiva Nacional. “Os fatos precisam ser elucidados (pela comissão). Eu acho muito prematuro o partido agora definir uma posição sem conhecer os dados”.
A posição de Paulo Câmara dialoga com a da maioria dos governadores. Dos 27, 15 são contrários ao impeachment. Atualmente, apenas Pedro Taques (PSDB), de Mato Grosso, posiciona-se publicamente a favor do afastamento da presidente Dilma.
Diário de Pernambuco
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